É muito
comum ouvirmos no meio evangélico o termo “Batalha Espiritual”; houve uma época
na qual o tema virou “modismo”, soldados levantaram-se aos milhares e manuais
de guerra foram escritos às centenas, detalhando ações, ensinando estratégias.
A guerra foi travada, mas, poucos resultados positivos foram colhidos. Qual o
motivo para tantos fracassos? Porque em alguns lugares funcionou e em outros
não?
Um dos
pontos importantes, geradores de fracassos é menosprezar o inimigo ou não
conhecê-lo o suficiente. A Bíblia deixa claro, que o diabo é extremamente sagaz
e poderoso, tem em suas mãos poder para fazer grandes feitos e conhece
profundamente o ser humano. Ele conhece todas as chamadas estratégias de guerra
e está devidamente preparado com o seu exercito para anular os possíveis
ataques e pronto para um contra-ataque eficaz contra a igreja.
As histórias
narradas em livros, vitoriosas, não se aplicam necessariamente em outras
regiões ou cidades, o opositor já conhece os passos e está pronto para a
resistência. É aconselhável ler tais narrativas, mas, fazer uso das mesmas
práticas não é sábio.
A Batalha
Espiritual, como o nome afirma, é travada no mundo espiritual e é necessário
que haja homens santos e cheios do Espírito Santo, agraciados com dons (visão,
revelação, profecia, etc.) para que sejam canais, através dos quais o Senhor
Deus orientará o Seu exercito de servos, revelando as estratégias certas para
cada ocasião, bem como, os passos do inimigo. A Batalha não é segundo a carne (“Embora
andando na carne, não militamos segundo a carne.” 1Co 10.3), não é contra
homens, sim, contra satanás (“Pois nós não estamos lutando contra seres
humanos, mas contra as forças espirituais do mal que vivem nas alturas, isto é,
os governos, as autoridades e os poderes que dominam completamente este mundo
de escuridão.” Ef 6.12; veja mais: Gn 3.15; 2Co 2.11; Tg 4.7).
Os servos
chamados à guerrear precisam ser irrepreensíveis em suas ações, a santidade é
uma qualidade imprescindível. Neste exército não há espaço para os chamados
“crentes carnais”, ou desprovidos de compromisso verdadeiro com Deus.
Aventurar-se na batalha com brechas é morte certa!
A
recomendação de Paulo a Timóteo foi: “Este é o dever de que te encarrego, ó
filho Timóteo, segundo as profecias de que antecipadamente foste objeto:
combate, firmado nelas, o bom combate, mantendo fé e boa consciência, porquanto
alguns, tendo rejeitado a boa consciência, vieram a naufragar na fé.” (1Tm
1.18,19). O soldado de Deus precisa manter-se firme na fé e procurar
desempenhar com seriedade e zelo a missão confiada. A vigilância (“Sede
vigilantes, permanecei firmes na fé, portai-vos varonilmente, fortalecei-vos”. 1Co
16.13) deve ser constante, não se contaminar com o mundo, abrindo brechas
através das quais o inimigo possa tocá-lo. A oração é tão importante quanto o
ar que se respira (“com toda oração e súplica, orando em todo tempo no
Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os
santos”. Ef 6.18), se não houver vida de oração, a derrota está próxima.
A Batalha
Espiritual engloba todos os servos que procuram vivenciar o senhorio de Cristo
Jesus (Fp 1.30), não apenas alguns: “Por isso peguem agora a armadura que
Deus lhes dá. Assim, quando chegar o dia de enfrentarem as forças do mal, vocês
poderão resistir aos ataques do inimigo e, depois de lutarem até o fim, vocês
continuarão firmes, sem recuar.” (Ef 6.13). Mas, como já foi tratado antes,
é indispensável que haja compromisso e vida santa. Os soldados são capacitados
e protegidos pelo próprio Senhor a desempenharem a missão (“Porque eu, o
SENHOR, teu Deus, te tomo pela tua mão direita e te digo: Não temas, que eu te
ajudo.” Is 41.13; “Ó SENHOR, meu Deus e meu Salvador, tu me protegeste
na batalha.” Sl 140.7). A força vem de Cristo! (“Mas o Senhor me assistiu
e me revestiu de forças, para que, por meu intermédio, a pregação fosse
plenamente cumprida, e todos os gentios a ouvissem; e fui libertado da boca do
leão. O Senhor me livrará também de toda obra maligna e me levará salvo para o
seu reino celestial. A ele, glória pelos séculos dos séculos. Amém!”
2Tm 4.17,18).
A vitória na
guerra vem do próprio Senhor! (“Graças a Deus, que nos dá a vitória por
intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo.” 1Co 15.57). Não é à força do
homem, não são objetos e recitações de textos que nos fará vencedores. Somos
nesta batalha apenas soldados sob o comando do nosso General.
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