quinta-feira, 13 de junho de 2013

A corrida cristã: por que e como devemos corrê-la? Hebreus 12:1-3

As competições olímpicas eram práticas apreciadas e admiradas no mundo antigo. Ainda hoje os eventos olímpicos mexem com a emoção de muita gente. Escritores bíblicos como Paulo e o autor da carta aos Hebreus fizeram constante menção das atividades esportivas em seus escritos. Eles eram apreciadores do esporte e dele sabiam tirar lições preciosas para a vida cristã. Um exemplo clássico disso é a passagem bíblica de Hebreus 12.1-3. O autor aos Hebreus extrai da figura de um estádio lotado, do espírito da dinâmica de uma competição olímpica, uma ilustração para a vida cristã. Após relatar a luta e a vitória dos heróis e heroínas da fé do Antigo Testamento, o autor aos Hebreus direciona o olhar de seus leitores para o Campeão dos campeões, Jesus. Mostra a eles como aqueles campeões, e principalmente Jesus Cristo, venceram a corrida cristã e porque e como eles (seus leitores) deviam corrê-la.
Mas entremos também nesta corrida, pois ela é de todo aquele que verdadeiramente corre a corrida da fé.
I. Por que devemos participar da corrida cristã?

1. Porque ela é determinada por Deus (v1).
2. Porque ela é incentivada pelos heróis da fé (v1).
3. Porque ela é inspirada na vitória de Cristo (v2).

II. Como devemos correr a corrida cristã?

1. Negativamente falando:
a. Desembaraçando-nos de todo peso (v1)
b. E do pecado que tenazmente nos assedia (v1)

2. Positivamente falando:
a. Devemos correr com perseverança (v1)
b. Olhando firmemente para Jesus (v2)

III. O exemplo de Jesus

1. Em Sua humilhação (v2,3)
2. Em Sua exaltação (v3)


Conclusão e aplicação:

Devemos participar da corrida cristã porque ela é determinada por Deus, incentivada pelos heróis da fé e inspirada na vitória de Cristo. Devemos corrê-la com perseverança, abandonando tudo que é ruim, olhando firmemente para Jesus, nosso maior exemplo de vitória.


Quero me dirigi primeiramente a você que está desanimado na fé. Olhe para Jesus, não se esqueça que Ele venceu para você vencer. E a você que está na raia certa, eu também quero lhe dizer: não olhe para trás. Siga em frente. Não se importe com os obstáculos, apesar de não serem poucos nem pequenos. Enquanto você estiver seguindo em frente, olhando firmemente para Jesus, você estará garantindo e confirmando sua vitória nas olimpíadas da fé. 

A Crucificação de Cristo, a partir de um ponto de vista médico

Lendo o livro de Jim Bishop “O Dia Que Cristo Morreu”, eu percebi que durante vários anos eu tinha tornado a crucificação de Jesus mais ou menos sem valor, que havia crescido calos em meu coração sobre este horror, por tratar seus detalhes de forma tão familiar - e pela amizade distante que eu tinha com nosso Senhor. Eu finalmente havia percebido que, mesmo como médico, eu não entendia a verdadeira causa da morte de Jesus. Os escritores do evangelho não nos ajudam muito com este ponto, porque a crucificação era tão comum naquele tempo que, aparentemente, acharam que uma descrição detalhada seria desnecessária. Por isso só temos as palavras concisas dos evangelistas “Então, Pilatos, após mandar açoitar a Jesus, entregou-o para ser crucificado.”
Eu não tenho nenhuma competência para discutir o infinito sofrimento psíquico e espiritual do Deus Encarnado que paga pelos pecados do homem caído. Mas parecia a mim que como um médico eu poderia procurar de forma mais detalhada os aspectos fisiológicos e anatômicos da paixão de nosso Senhor. O que foi que o corpo de Jesus de Nazaré de fato suportou durante essas horas de tortura?

Dados históricos
Isto me levou primeiro a um estudo da prática de crucificação, quer dizer, tortura e execução por fixação numa cruz. Eu estou endividado a muitos que estudaram este assunto no passado, e especialmente para um colega contemporâneo, Dr. Pierre Barbet, um cirurgião francês que fez uma pesquisa histórica e experimental exaustiva e escreveu extensivamente no assunto.
Aparentemente, a primeira prática conhecida de crucificação foi realizado pelos persas. Alexandre e seus generais trouxeram esta prática para o mundo mediterrâneo--para o Egito e para Cartago. Os romanos aparentemente aprenderam a prática dos cartagineses e (como quase tudo que os romanos fizeram) rapidamente desenvolveram nesta prática um grau muito alto de eficiência e habilidade. Vários autores romanos (Lívio, Cícero, Tácito) comentam a crucificação, e são descritas várias inovações, modificações, e variações na literatura antiga.
Por exemplo, a porção vertical da cruz (ou “stipes”) poderia ter o braço que cruzava (ou “patibulum”) fixado cerca de um metro debaixo de seu topo como nós geralmente pensamos na cruz latina. A forma mais comum usada no dia de nosso Senhor, porém, era a cruz “Tau”, formado como nossa letra “T”. Nesta cruz o patibulum era fixado ao topo do stipes. Há evidência arqueológica que foi neste tipo de cruz que Jesus foi crucificado. Sem qualquer prova histórica ou bíblica, pintores Medievais e da Renascença nos deram o retrato de Cristo levando a cruz inteira. Mas o poste vertical, ou stipes, geralmente era fixado permanentemente no chão no local de execução. O homem condenado foi forçado a levar o patibulum, pesando aproximadamente 50 quilos, da prisão para o lugar de execução.
Muitos dos pintores e a maioria dos escultores de crucificação, também mostram os cravos passados pelas palmas. Contos romanos históricos e trabalho experimental estabeleceram que os cravos foram colocados entre os ossos pequenos dos pulsos (radial e ulna) e não pelas palmas. Cravos colocados pelas palmas sairiam por entre os dedos se o corpo fosse forçado a se apoiar neles. O equívoco pode ter ocorrido por uma interpretação errada das palavras de Jesus para Tomé, “vê as minhas mãos”. Anatomistas, modernos e antigos, sempre consideraram o pulso como parte da mão.
Um titulus, ou pequena placa, declarando o crime da vítima normalmente era colocado num mastro, levado à frente da procissão da prisão, e depois pregado à cruz de forma que estendia sobre a cabeça. Este sinal com seu mastro pregado ao topo teria dado à cruz um pouco da forma característica da cruz latina.

O suor como gotas de sangue
O sofrimento físico de Jesus começou no Getsêmani. Em Lucas diz: "E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra." (Lc 22:44) Todos os truques têm sido usados por escolas modernas para explicarem esta fase, aparentemente seguindo a impressão que isto não podia acontecer. No entanto, consegue-se muito consultando a literatura médica. Apesar de muito raro, o fenômeno de suor de sangue é bem documentado. Sujeito a um stress emocional, finos capilares nas glândulas sudoríparas podem se romper, misturando assim o sangue com o suor. Este processo poderia causar fraqueza e choque. Atenção médica é necessária para prevenir hipotermia.
Após a prisão no meio da noite, Jesus foi levado ao Sinédrio e Caifás o sumo sacerdote, onde sofreu o primeiro traumatismo físico. Jesus foi esbofeteado na face por um soldado, por manter-se em silêncio ao ser interrogado por Caifás. Os soldados do palácio tamparam seus olhos e zombaram dele, pedindo para que identificasse quem o estava batendo, e esbofeteavam a Sua face.

A condenação
De manhã cedo, Jesus, surrado e com hematomas, desidratado, e exausto por não dormir, é levado ao Pretório da Fortaleza Antônia, o centro de governo do Procurador da Judéia, Pôncio Pilatos. Você deve já conhecer a tentativa de Pilatos de passar a responsabilidade para Herodes Antipas, tetrarca da Judéia. Aparentemente, Jesus não sofreu maus tratos nas mãos de Herodes e foi devolvido a Pilatos. Foi em resposta aos gritos da multidão que Pilatos ordenou que Bar-Abbas fosse solto e condenou Jesus ao açoite e à crucificação.
Há muita diferença de opinião entre autoridades sobre o fato incomum de Jesus ser açoitado como um prelúdio à crucificação. A maioria dos escritores romanos deste período não associam os dois. Muitos peritos acreditam que Pilatos originalmente mandou que Jesus fosse açoitado como o castigo completo dele. A pena de morte através de crucificação só viria em resposta à acusação da multidão de que o Procurador não estava defendendo César corretamente contra este pretendente que supostamente reivindicou ser o Rei dos judeus.
Os preparativos para as chicotadas foram realizados quando o prisioneiro era despido de suas roupas, e suas mãos amarradas a um poste, acima de sua cabeça. É duvidoso se os Romanos teriam seguido as leis judaicas quanto às chicotadas. Os judeus tinham uma lei antiga que proibia mais de 40 (quarenta) chicotadas.

O açoite
O soldado romano dá um passo a frente com o flagrum (açoite) em sua mão. Este é um chicote com várias tiras pesadas de couro com duas pequenas bolas de chumbo amarradas nas pontas de cada tira. O pesado chicote é batido com toda força contra os ombros, costas e pernas de Jesus. Primeiramente as pesadas tiras de couro cortam apenas a pele. Então, conforme as chicotadas continuam, elas cortam os tecidos debaixo da pele, rompendo os capilares e veias da pele, causando marcas de sangue, e finalmente, hemorragia arterial de vasos da musculatura.
As pequenas bolas de chumbo primeiramente produzem grandes, profundos hematomas, que se rompem com as subseqüentes chicotadas. Finalmente, a pele das costas está pendurada em tiras e toda a área está uma irreconhecível massa de tecido ensangüentado. Quando é determinado, pelo centurião responsável, que o prisioneiro está a beira da morte, então o espancamento é encerrado.
Então, Jesus, quase desmaiando é desamarrado, e lhe é permitido cair no pavimento de pedra, molhado com Seu próprio sangue. Os soldados romanos vêm uma grande piada neste Judeu, que se dizia ser o Rei. Eles atiram um manto sobre os seus ombros e colocam um pau em suas mãos, como um cetro. Eles ainda precisam de uma coroa para completar a cena. Um pequeno galho flexível, coberto de longos espinhos é enrolado em forma de uma coroa e pressionado sobre Sua cabeça. Novamente, há uma intensa hemorragia (o couro do crânio é uma das regiões mais irrigadas do nosso corpo).
Após zombarem dele, e baterem em sua face, tiram o pau de suas mãos e batem em sua cabeça, fazendo com que os espinhos se aprofundem em sua cabeça. Finalmente, cansado de seu sádico esporte, o manto é retirado de suas costas. O manto, por sua vez, já havia aderido ao sangue e grudado nas feridas. Como em uma descuidada remoção de uma atadura cirúrgica, sua retirada causa dor toturante. As feridas começam a sangrar como se ele estivesse apanhando outra vez.

A cruz
Em respeito ao costume dos judeus, os romanos devolvem a roupa de Jesus. A pesada barra horizontal da cruz á amarrada sobre seus ombros, e a procissão do Cristo condenado, dois ladrões e o destacamento dos soldados romanos para a execução, encabeçado por um centurião, começa a vagarosa jornada até o Gólgota. Apesar do esforço de andar ereto, o peso da madeira somado ao choque produzido pela grande perda de sangue, é demais para ele. Ele tropeça e cai. As lascas da madeira áspera rasgam a pele dilacerada e os músculos de seus ombros. Ele tenta se levantar, mas os músculos humanos já chegaram ao seu limite.
O centurião, ansioso para realizar a crucificação, escolhe um observador norte-africano, Simão, um Cirineu, para carregar a cruz. Jesus segue ainda sangrando, com o suor frio de choque. A jornada de mais de 800 metros da fortaleza Antônia até Gólgota é então completada. O prisioneiro é despido - exceto por um pedaço de pano que era permitido aos judeus.

A crucificação
A crucificação começa: Jesus é oferecido vinho com mirra, um leve analgésico. Jesus se recusa a beber. Simão é ordenado a colocar a barra no chão e Jesus é rapidamente jogado de costas, com seus ombros contra a madeira. O legionário procura a depressão entre os osso de seu pulso. Ele bate um pesado cravo de ferro quadrado que traspassa o pulso de Jesus, entrando na madeira. Rapidamente ele se move para o outro lado e repete a mesma ação, tomando o cuidado de não esticar os ombros demais, para possibilitar alguma flexão e movimento. A barra da cruz é então levantada e colocado em cima do poste, e sobre o topo é pregada a inscrição onde se lê: "Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus".
O pé esquerdo agora é empurrado para trás contra o pé direito, e com ambos os pés estendidos, dedos dos pés para baixo, um cravo é batido atraves deles, deixando os joelhos dobrados moderadamente. A vítima agora é crucificada. Enquanto ele cai para baixo aos poucos, com mais peso nos cravos nos pulsos a dor insuportável corre pelos dedos e para cima dos braços para explodir no cérebro – os cravos nos pulsos estão pondo pressão nos nervos medianos. Quando ele se empurra para cima para evitar este tormento de alongamento, ele coloca seu peso inteiro no cravo que passa pelos pés. Novamente há a agonia queimando do cravo que rasga pelos nervos entre os ossos dos pés.
Neste ponto, outro fenômeno ocorre. Enquanto os braços se cansam, grandes ondas de cãibras percorrem seus músculos, causando intensa dor. Com estas cãibras, vem a dificuldade de empurrar-se para cima. Pendurado por seus braços, os músculos peitorais ficam paralisados, e o músculos intercostais incapazes de agir. O ar pode ser aspirado pelos pulmões, mas não pode ser expirado. Jesus luta para se levantar a fim de fazer uma respiração. Finalmente, dióxido de carbono é acumulado nos pulmões e no sangue, e as cãibras diminuem. Esporadicamente, ele é capaz de se levantar e expirar e inspirar o oxigênio vital. Sem dúvida, foi durante este período que Jesus consegui falar as sete frases registradas:
Jesus olhando para os soldados romanos, lançando sorte sobre suas vestes disse: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. " (Lucas 23:34)
Ao ladrão arrependido, Jesus disse: "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso." (Lucas 23:43)
Olhando para baixo para Maria, sua mãe, Jesus disse: “Mulher, eis aí teu filho.” E ao atemorizado e quebrantado adolescente João, “Eis aí tua mãe.” (João 19:26-27)
O próximo clamor veio do início do Salmo 22, “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”
Ele passa horas de dor sem limite, ciclos de contorção, câimbras nas juntas, asfixia intermitente e parcial, intensa dor por causa das lascas enfiadas nos tecidos de suas costas dilaceradas, conforme ele se levanta contra o poste da cruz. Então outra dor agonizante começa. Uma profunda dor no peito, enquanto seu pericárdio se enche de um líquido que comprime o coração.
Lembramos o Salmo 22 versículo 14 “Derramei-me como água, e todos os meus ossos se desconjuntaram; meu coração fez-se como cera, derreteu-se dentro de mim.”
Agora está quase acabado - a perda de líquidos dos tecidos atinge um nível crítico - o coração comprimido se esforça para bombear o sangue grosso e pesado aos tecidos - os pulmões torturados tentam tomar pequenos golpes de ar. Os tecidos, marcados pela desidratação, mandam seus estímulos para o cérebro.
Jesus clama “Tenho sede!” (João 19:28)
Lembramos outro versículo do profético Salmo 22 “Secou-se o meu vigor, como um caco de barro, e a língua se me apega ao céu da boca; assim, me deitas no pó da morte.”
Uma esponja molhada em “posca”, o vinho azedo que era a bebida dos soldados romanos, é levantada aos seus lábios. Ele, aparentemente, não toma este líquido. O corpo de Jesus chega ao extremo, e ele pode sentir o calafrio da morte passando sobre seu corpo. Este acontecimento traz as suas próximas palavras - provavelmente, um pouco mais que um torturado suspiro “Está consumado!”. (João 19:30)
Sua missão de sacrifício está concluída. Finalmente, ele pode permitir o seu corpo morrer.
Com um último esforço, ele mais uma vez pressiona o seu peso sobre os pés contra o cravo, estica as suas pernas, respira fundo e grita seu último clamor: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito!” (Lucas 23:46).
O resto você sabe. Para não profanar a Páscoa, os judeus pediam para que o réus fossem despachados e removidos das cruzes. O método comum de terminar uma crucificação era por crucificatura, quebrando os ossos das pernas. Isto impedia que a vítima se levantasse, e assim eles não podiam aliviar a tensão dos músculos do peito e logo sufocaram. As pernas dos dois ladrões foram quebradas, mas, quando os soldados chegaram a Jesus viram que não era necessário.

Conclusão
Aparentemente, para ter certeza da morte, um soldado traspassou sua lança entre o quinto espaço das costelas, enfiado para cima em direção ao pericárdio, até o coração. O verso 34 do capítulo 19 do evangelho de João diz: "E imediatamente verteu sangue e água." Isto era saída de fluido do saco que recobre o coração, e o sangue do interior do coração. Nós, portanto, concluímos que nosso Senhor morreu, não de asfixia, mas de um enfarte de coração, causado por choque e constrição do coração por fluidos no pericárdio.

Assim nós tivemos nosso olhar rápido – inclusive a evidência médica – daquele epítome de maldade que o homem exibiu para com o Homem e para com Deus. Foi uma visão terrível, e mais que suficiente para nos deixar desesperados e deprimidos. Como podemos ser gratos que nós temos o grande capítulo subseqüente da clemência infinita de Deus para com o homem – o milagre da expiação e a expectativa da manhã triunfante da Páscoa. 

MISERÁVEL HOMEM QUE SOU! Romanos 7.24

Introdução
A segunda metade do capítulo descreve o conflito das duas naturezas que o crente possui.

Gl 5.17: “Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito; e o Espírito, o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com outro...”.

Os v.14 e 15, 18, 19 e 21, são verdadeiros a respeito de todos os crentes. Vamos lê-los: “Sabemos que a lei é espiritual; eu, contudo, não o sou, pois fui vendido como escravo ao pecado. Não entendo o que faço. Pois não faço o que desejo, mas o que odeio... Sei que nada de bom habita em mim, isto é, em minha carne. Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realiza-lo. Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo... Assim, encontro essa lei que atua em mim: Quando quero fazer o bem, o mal está junto a mim”.

Você está aquém do padrão de Deus. Já se deu conta disso?
Isto é um ENGANO!

Por isso todo
crente tem necessidade urgente de orar suplicando perdão por seus pecados diários. Lc 11.4; Tg 3.2

Esse v.24 é a linguagem de uma alma regenerada.
O incrédulo é miserável, mas ele não conhece a miséria que essa lamentação expressada evoca.

Somente o crente tem uma dupla natureza: Rm 7.22 diz que “no tocante ao homem interior” há prazer na lei de Deus, todavia (v.23), revela outra lei atuando.

Pois o reconhecimento dessa guerra em seu íntimo, leva o crente a exclamar: “Desventurado homem que eu sou!”

Esse é um clamor produzido pela compreensão da habitação do pecado; É a confissão de alguém que reconhece não haver em si bem algum; É o lamento de alguém que descobriu algo a respeito de seu próprio coração; É o gemido de uma pessoa iluminada por Deus, que anela por libertação.

Esse gemido expressa a experiência normal do crente:
O crente que não profere diariamente esse clamor está em um estado de anormalidade e falta de saúde espiritual.

A ausência desse clamor na vida do crente revela que ele não se encontra em comunhão... que anda ignorante do ensino da Palavra de Deus (pois não está se enxergando...).

Esse é o mal dos nossos dias! ...os crentes estão se dando por satisfeitos... já estão dizendo: “Não precisamos de mais nada! ...estamos satisfeitos com o que conseguimos! Somos salvos por Jesus... já temos um pouco de santidade... um pouco de compromisso com a igreja... já sabemos um pouco sobre a Bíblia... já tenho um pouco de paciência, um pouco de mansidão, um pouco de bondade... está bom!!!”.

Outros dizem: “Temos 2, 5, 10, 20 anos de vida cristã, lemos a Bíblia, participamos da igreja, entregamos os dízimos... ah! Até freqüentamos um pequeno grupo! Então isto significa que estamos ótimo!”

Assim nos achamos muito dignos de estar onde Deus está.

Mas aquele que se curva diante do ensino da Palavra, que percebe o padrão que Deus tem proposto e descobre o quanto tem falhado em alcançá-lo, esse haverá de clamar: “Desventurado homem que sou”. Se Deus lhe revela a frieza de seu amor, o orgulho de seu coração, as vagueações da mente, o mal que contamina suas atitudes, esse crente haverá de clamar: “Desventurado homem que sou!”

Se o crente reconhece o quanto é murmurador, rebelde, irritado por pouca coisa... se admite que não apenas tem pecado por fazer o que não deve ser feito, e pecado por não fazer o que deve ser feito, dos quais é culpado todos os dias, se ele admite isto, realmente clamará: ”Desventurado homem que sou!”.

Agora, esse clamor não será proferido apenas por aquele crente que se acha afastado do Senhor, mas também por aquele que está em comunhão verdadeira com o Senhor.

Quanto mais o crente entra na presença de Deus, tanto mais ele descobrirá as corrupções de sua natureza pecaminosa, e tanto mais desejará ser liberto de tal natureza.

Você sabe: quando a luz do sol inunda um cômodo da casa é que a poeira e a sujeira são completamente mostradas (é o que se dá quando entramos na presença de Deus).

E essa descoberta nos levará a clamar: “Desventurado homem que sou!”.

Mas, talvez, você pergunte: A comunhão com o Senhor não produz regozijo, ao invés de gemido? Produz as duas coisas.

Rm 8.16, 17: “O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus” (regozijo)... “Se somos filhos, então somos herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, se de fato participamos dos seus sofrimentos...” (gemidos)

Tristeza e gemido estão presentes no mais elevado nível de espiritualidade.

Hoje em dia tem havido muita exaltação a respeito da comunhão com Cristo.

Um crente pode chegar ao outro e dizer: “Puxa, como orei hoje! Orei e jejuei!” ...e podemos participar do culto e dizer “Que maravilhoso! Como cantamos bonito!!”

Porém, se não houve qualquer senso de completa indignidade... se não houve qualquer lamentação pela depravação de nossa natureza... se não houve qualquer entristecimento por nossa falta de conformidade com Cristo... se não houve o clamor “Desventurado homem que sou!”, então não houve, de maneira alguma, comunhão com Jesus.

Quando estava andando com o Senhor, Abraão exclamou: “Eis que me atrevo a falar ao Senhor, eu que sou pó e cinza” (Gn 18.27).

Estando face a face com Deus, Jó declarou: “Por isso me abomino” (Jó 42.6).

Ao entrar na presença de Deus, Isaías exclamou: “Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros” (Is 6.5).

Quando Daniel teve uma visão maravilhosa de Cristo, ele confessou: “Não restou força em mim; o meu rosto mudou de cor e se desfigurou, e não retive força alguma” (Dn 10.8).

Numa carta, o apóstolo Paulo escreveu: “Fiel é esta palavra e digna de toda aceitação: Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal” (1Tm 1.15).

Essas declarações não procedem de pessoas não-convertidas, e sim dos lábios de santos (não foram confissões de crentes relaxados; mas de servos comprometidos)!

Hoje, onde encontramos crentes que possam ser colocados lado a lado com Abraão, Jó, Isaías, Daniel e Paulo?

Mas você tomará parte nesta galeria, porque vem vindo uma unção de quebrantamento, você verá a sua indignidade... será humilhado, mas Deus te exaltará! Aleluia!

CONCLUSÃO
“Desventurado homem que sou!” – Essa é a linguagem de uma alma nascida de novo... a confissão do crente normal (não iludido, não enganado).
Um cristão, ao se dar conta de como sua mente vagueava na hora de ler a Palavra de Deus, ao se dar conta dos maus pensamentos que brotavam do seu coração, ao se dar conta das imagens que apareciam quando estava em estado de sonolência, ao se dar conta e enxergar a natureza do seu próprio coração, ele era ouvido clamando em oração: “Oh! Se eu estivesse onde nunca mais pecarei!”.

Um outro crente, chegou a confessar: “Não tenho conseguido orar, mas tenho cometido pecados; Não tenho falado de Jesus, mas tenho cometido pecados; Não tenho amado a Deus com todas as minhas forças, mas tenho cometido pecados. Oh! Preciso arrepender-me de meu próprio arrependimento, e até as lágrimas que derramei necessitam ser lavadas no sangue de Jesus”.

Amado: Não existem Super-crentes. Os melhores homens e mulheres (servos e servas) de Deus, encontraram motivo para fazerem suas as palavras do apóstolo Paulo: “Desventurado homem que eu sou!”

Hoje, somos nós! 

“O DIA EM QUE OS CORAJOSOS SUMIRAM E OS MEDROSOS APARECERAM”

TEMA            : Coragem
PROPOSIÇÃO: A falta de coragem gera improdutividade e perca de oportunidades.
PROPÓSITO: Motivar o desenvolvimento da coragem.
TEXTO           : João 19.32-42

INTRODUÇÃO
Contraste é uma diferença acentuada entre duas coisas (ou pessoas).
A bíblia é um livro de contrastes:
- A sabedoria de Deus é loucura para os homens que se consideram sábios;
- O justo é condenado enquanto os pecadores são perdoados;
- O sofrimento faz bem e é útil;
- “Os último serão os primeiros”;

Um contraste interessante é a diferença entre a atitude de Nicodemos e José de Arimatéia e a dos apóstolos de Jesus na ocasião da Sua morte. Este é o contraste entre o antes e o depois destes dois grupos – os dos discípulos públicos e dos discípulos ocultos.

Os públicos se ocultaram e os ocultos se revelaram ou pularam para o palco ficando sob as luzes enquanto os que estavam no palco sob as luzes procuraram um lugar escuro para se esconder. Vamos refletir sobre um dia específico na história bíblica em que os corajosos sumiram e os medrosos apareceram.

I.          OS CORAJOSOS SUMIRAM
Quais foram os corajosos que sumiram?
Se você respondeu os apóstolos, sua resposta está certa.

Mas logo os apóstolos?! Sim, os apóstolos.
Em várias ocasiões demonstraram coragem. Por atitudes e palavras. Exemplos:
- Quando atenderam ao chamado de Jesus e por isso deixaram tudo para segui-lo.
- Palavras de Tomé – João 11.16;
- Palavras de Pedro – João 13.37.

Mas, na hora em que mais Jesus precisou deles, e sobre a qual eles afirmavam estar preparados, sumiram:
- Pedro – João 18.17, 25, 27.
- Os outros – João 20.19.
- Mateus 26.56 – “... Então todos os discípulos o abandonaram e fugiram”.

Cadê os corajosos? Aqueles que antes podiam ser vistos publicamente, e à luz do dia andando com Jesus para lá e para cá? Aqueles que disseram que por Ele dariam até suas vidas?

Por três anos eles estiveram destemidamente acompanhando Jesus a qualquer lugar onde fosse, mesmo que isto representasse perigo.
Mas, houve uma ocasião na história em que eles sumiram. Os corajosos sumiram. E quando os corajosos sumiram...

II.        OS MEDROSOS APARECERAM
Quem eram esses medrosos?
Dois homens: José de Arimatéia e Nicodemos.

José de Arimatéia e Nicodemos eram medrosos.
Nicodemos era um fariseu, um líder religioso da época. João 3.1 diz que ele era “... uma autoridade entre os judeus” ou membro do Sinédrio.

Nicodemos foi ter com Jesus “à noite” (João 3.2). Embora o texto original não diga isso, muitos entendem que isso foi porque ele temia seus colegas líderes religiosos. Era o cuidado para permanecer no anonimato, oculto.

Muma outra ocasião ele esboçou alguma coragem, mas se calou quando foi ridicularizado (João 7.45-53).

João 7.50-52 50 “Nicodemos, um deles, que antes tinha procurado Jesus, perguntou-lhes: 51 ‘A nossa lei condena alguém, sem primeiro ouvi-lo para saber o que ele está fazendo?’ 52 Eles responderam: ‘Você também é da Galiléia? Verifique, e descobrirá que da Galiléia não surge profeta’”.

José de Arimatéia A primeira vez que João refere-se a ele o faz com as seguintes palavras: “... José era discípulo de Jesus, mas o era secretamente, porque tinha medo dos judeus” (João 19.38).

Todos sabiam que ele havia sido medroso, porque ocultara sua fé.
O que explica tal ocultação? Veja João 12.42-43.

João 12.42-43 “Ainda assim, muitos líderes dos judeus creram nele. Mas, por causa dos fariseus, não confessavam a sua fé, com medo de serem expulsos da sinagoga; 43 pois preferiam a aprovação dos homens do que a aprovação de Deus”.

José de Arimatéia e Nicodemos eram medrosos. Mas, a história destes dois não termina assim. Eles tornaram-se corajosos!
No momento mais crítico da história de Jesus, os corajosos sumiram, e os medrosos apareceram – e foi justamente Nicodemos e José de Arimatéia.

João 19.38-42
38 Depois disto, José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus, ainda que ocultamente pelo receio que tinha dos judeus, rogou a Pilatos lhe permitisse tirar o corpo de Jesus. Pilatos lho permitiu. Então, foi José de Arimatéia e retirou o corpo de Jesus. 39 E também Nicodemos, aquele que anteriormente viera ter com Jesus à noite, foi, levando cerca de cem libras de um composto de mirra e aloés. 40 Tomaram, pois, o corpo de Jesus e o envolveram em lençóis com os aromas, como é de uso entre os judeus na preparação para o sepulcro. 41 No lugar onde Jesus fora crucificado, havia um jardim, e neste, um sepulcro novo, no qual ninguém tinha sido ainda posto. 42 Ali, pois, por causa da preparação dos judeus e por estar perto o túmulo, depositaram o corpo de Jesus.

Este fato foi tão importante que os 04 evangelhos o registraram. (Veja depois: Mt 27:57-61; Mc 15:42-47; Lc 23:50-56)

 Gráfico que representa a mudança:




Para onde iria o corpo de Jesus se José de Arimatéia e Nicodemos não aparecessem?
Privação de sepultamento era uma tragédia e grande desonra para os judeus. Talvez José e Nicodemos foram motivados por este fato.

Aparentemente os romanos deixavam os corpos na cruz para apodrecerem. Se José de Arimatéia e Nicodemos não tivessem feito o que fizeram, o corpo de Jesus poderia ter se deteriorado consideravelmente antes do fim do sábado (se não fosse tirado antes do por do sol da sexta, só poderia ser tirado depois do por do sol do sábado), pouco mais que 24 horas após sua morte. Ou ter sido lançado em algum lugar, ou até ter sido queimado.

No dia em que foram buscar o corpo de Jesus, suas vidas e posições foram abnegadas.
Marcos 15.43 diz que José de Arimatéia era “... membro de destaque do Sinédrio”.

Foi justamente o sinédrio que havia condenado Jesus. Porém, não obteve o voto de José para tanto. José “... não tinha consentido na decisão e no procedimento dos outros” (Lucas 23.51).

José “... dirigiu-se corajosamente a Pilatos e pediu o corpo de Jesus”. (Marcos 15.43)
José deixou o medo e corajosamente enfrentou o perigo de rejeição e perda de posição para fazer algo pelo Mestre. E Nicodemos (seu colega no Sinédrio) foi junto.

- Nada tocou mais José de Arimatéia e Nicodemos do que o evento da crucificação.
- Nada inspirou mais coragem neles do que a exibição de coragem do Mestre naquela ocasião.

A coragem é contagiante! Se você viver o cristianismo corajosamente, estará incentivando e influenciando outros a fazerem o mesmo.

Mas, o medo também é contagiante.
Imaginemos a cena de José de Arimatéia entrando na sala de Pilatos com expressão firme e decidida pedindo o corpo de Jesus – risos, críticas, assombro, etc.

Ele comprou um lençol.
Marcos 15.46 “Então José comprou um lençol de linho, baixou o corpo da cruz, envolveu-o no lençol e o colocou num sepulcro cavado na rocha”.

Ele doou seu túmulo novo.
Mateus 27.57-60 “Ao cair da tarde chegou um homem rico, de Arimatéia, chamado José, que se tornara discípulo de Jesus. 58 Dirigindo-se a Pilatos, pediu o corpo de Jesus, e Pilatos ordenou que lhe fosse entregue. 59 José tomou o corpo, envolveu-o num lençol limpo de linho 60 e o colocou num sepulcro novo, que ele havia mandado cavar na rocha. E, fazendo rolar uma grande pedra sobre a entrada do sepulcro, retirou-se”.

Eles prepararam de forma especial o corpo de Jesus.
No processo de sepultamento, o corpo era lavado, ungido, enrolado em faixas de linho, preservado com especiarias.
A quantidade de mirra e aloés era extraordinariamente grande – semelhante à quantidade usada para preparar corpos de reis para o sepultamento.
Jesus foi sepultado como um rei por estes dois homens.

Quais as reflexões de José de Arimatéia e Nicodemos ao preparar o corpo de Jesus para o sepultamento?
Esta é sempre uma boa ocasião para pensar. Quem já teve que fazer esta ingrata tarefa com algum parente ou amigo, sabe bem disso.
Que grande amor!
Podemos imaginar José pensando,
- Jesus era Puro e Santo e eu um pecador. Que vergonha ter vergonha dEle! (Será que algumas lágrimas correram de seus olhos?)
- O melhor morreu como pior.  E eu que nada sou, ocultando-me para não perder minha posição entre ou homens. Que vergonha!
- Eu não mereço o seu perdão! Como Ele pode me amar assim?

As mãos que enxugaram o sangue que havia jorrado na face de Jesus, não foram as calejadas mãos de pescadores, mas mãos de peles finas de homens de posição no judaísmo.

As mãos que recolheram os pães e peixes nas duas multiplicações... Que puxou a espada e decepou a orelha de Malco... Que prepararam a última ceia... Que remaram para Ele... Que ajudaram os enfermos a aproximarem-se... Estavam ausentes.

Mas, quem imaginaria que as mãos que votavam no sinédrio... Se apoiavam em púlpitos luxuosos... Que assinava documentos importantes... Que cumprimentou várias vezes os que decidiram pela crucificação de Jesus... Foram as únicas mãos presentes naquela hora. Mãos arrependidas, mãos que mudaram de ofício, mãos transformadas pelo amor e poder do Mestre.

III.  APLICAÇÕES
Quais as implicações negativas de uma fé ou discipulado oculto?
É um passo para o pecado.
Me protege contra a prestação de contas.
Não há responsabilidade.

Marcos 8.38 “Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras nesta geração adúltera e pecadora, o Filho do homem se envergonhará dele quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos”.
Mateus 10.32-33 "Quem, pois, me confessar diante dos homens, eu também o confessarei diante do meu Pai que está nos céus. 33 Mas aquele que me negar diante dos homens, eu também o negarei diante do meu Pai que está nos céus”.

Quais as implicações as positivas de uma fé ou discipulado confesso e público?
Me protege contra o pecado.
Me dá um senso de responsabilidade para com os que sabem de minha fé.

Você vai sumir ou aparecer na hora em que Jesus mais precisar de você? Será covarde ou corajoso? Podemos ver vários exemplos onde a corajem é necessário:
- Evangelismo – alguém ao seu lado está perdido e não sabe da seriedade deste fato. É hora de fazer a coragem crescer e aparecer por Jesus.
- Pecado – Um irmão ou irmã pecou e você foi testemunha deste fato – vai se esconder onde é mais seguro ou corajosamente corrigir este irmão ou irmã?
- Arrependimento – Você tem coragem de confessar seu pecado? Sabe que, às vezes, outras pessoas precisam ouvir para evitar cair no mesmo erro, ou para poder verdadeiramente lhe perdoar?
- Serviços – Alguém, ou alguma área da igreja precisa da sua ajuda? Você tem corajem de se comprometer, de ajudar?
- Exercício de Misericórdia – Será que temos medo de ajudar pessoas necessitadas porque podem depois não valorizar ou desperdicar a ajuda?
- Oferta e benevolência – Você tem medo de contribuir liberalmente e depois faltar alguma coisa na sua casa?

 O medo e a incredulidade impedem a ação e paralisam o discípulo. José de Arimatéia e Nicodemos eram ricos, mas nada fizeram por Jesus e pelo Reino de Deus até o dia em que perderam o medo.
Aí eles ofertaram
- primeiro suas vidas e posição social foram colocadas em segundo plano,
- depois usaram o que tinham para servir a Jesus
- lençol de linho, um túmulo novo, mirra e aloés.

O que nos impede de usarmos o que temos para servir a Jesus? Às vezes, é apenas o medo de ficar sem nada.

IV. CONCLUSÃO
José, um nome comum; Nicodemos, um nome incomum. Dois homens, uma mesma história. Nomes que entraram para a história porque mudaram de atitude – de oculto para público.

Enquanto tinham medo, nada fizeram. Quando venceram o medo, foram os únicos a fazer algo naquela hora.
O poder da intimidação tem sido usado com freqüência contra os discípulos de Jesus – “Se você for fiel... haverá desvantagens e perdas”.
O que mais lhe interessa: a aprovação e louvor dos homens ou a aprovação e louvor de Deus?

Não deixe para decidir na hora em que se estabelece uma situação – decida agora!
As pessoas são como bois e os discípulos como águias. Os bois vivem em manadas. Seguem a maioria, mesmo que esta esteja errada.
A águia não se importa em voar só.

As multidões gritaram “Hosana!”, e pouco depois, “crucifica-o!”.

Quando Jesus precisar de você (e Ele precisa todos os dias), não se esconda com medo, mas se apresente corajosamente!

CHAMADO AOS NÃO CONVERTIDOS

GALATAS 3:10-14
10  Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las.
11  E é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé.
12  Ora, a lei não procede de fé, mas: Aquele que observar os seus preceitos por eles viverá.
13  Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro),
14  para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido.

Pergunta:
Meu querido ouvinte e leitor da palavra de Deus, você esta convertido, ou não?
Dependendo da sua resposta será a forma que me dirigirei a você.

Se esqueça que você esta nesta Igreja, ouvindo um pregador ministrando a palavra de Deus. Mais imagine que estou com você, sentado em sua sala com sua mão na minha conversando sozinho com você.

E quero mias uma vez na presença de Deus enfatizar minha pergunta:
Você esta em Cristo ou fora Dele? Ou você é um estrangeiro longe das promessas do Santo Evangelho? Quero que você na sua mente (consciência) sem hesitações ou falsas desculpas responda SIM ou NÃO.
Porque de duas coisas uma: Ou você esta sob o peso da cólera de Deus ou esta livre desta Ira. Não gostaria de ouvir “se” ou “talvez”
Será que você pode dizer com humildade e certeza:
“Eu sei uma coisa, que estava cego e agora vejo. Passei da morte para vida”
Se você respondeu SIM. A paz do Senhor meu amado irmão.
Mais creio que alguns não puderam dar a mesma resposta, e se você não pode dar um SIM nesta noite e com você que eu quero falar .


Oração:
Oh Senhor eleva a todos a um estado de reverência e reflexão de seus próprios pensamentos e sentimentos. Queira nos dar, neste momento, ouvidos que ouçam, uma memória que retenha e uma consciência que seja tocada por teu Espírito, pelo amor de Jesus !

  1. JULGAMENTO DO ACUSADO
  2. SUA SENTENÇA
  3. ANUNCIAREMOS A LIBERTAÇÃO.

Primeiro, façamos o JULGAMENTO DO ACUSADO.

I
Meu texto diz assim: maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no livro da Lei para as praticar. Homem não convertido, eu lhe pergunto, você é culpado ou não culpado? Você tem perseverado em todas as coisas que estão escritas no livro da Lei? Na verdade, me parece quase impossível que você ouse sustentar sua inocência; mas quero supor, por um instante, que você tenha a triste coragem de fazê-lo. Quero supor que você diga ousadamente: "Sim, eu persevero em todos os mandamentos da Lei." É o que nós vamos examinar, meu caro ouvinte; e antes de tudo, permita-me lhe perguntar se você conhece esta lei que você diz cumprir.
Eu vou lhe dar um simples resumo que chamarei exterior, mas lembre-se que ela possui um sentido interior e espiritual infinitamente mais amplo que seu sentido literal. Escute então o primeiro mandamento da Lei:

NÃO TERÁS OUTRO DEUS DIANTE DE MIM.
O quê? Você jamais amou outra coisa além de seu Criador? Você sempre lhe deu o primeiro lugar em suas afeições? Você não tem feito um Deus de seu ventre, ou de seu comércio, ou de sua família, ou de sua própria pessoa? Oh! Você certamente não ousará negar que este primeiro mandamento lhe condena! E o segundo, você o tem obedecido melhor?

NÃO FARÁS PARA TI IMAGEM DE ESCULTURA, NEM ALGUMA SEMELHANÇA DO QUE HÁ EM CIMA NOS CÉUS, OU EM BAIXO NA TERRA, NEM NAS ÁGUAS DEBAIXO DA TERRA.
O quê! Você jamais se curvou diante da criatura?
Jamais colocou qualquer objeto terrestre no lugar de Deus? De minha parte, eu lhes declaro para minha vergonha, que tive ídolos em minha vida; e se sua consciência fala com sinceridade, estou certo que ela lhe dirá também: "Ó homem! Você tem sido um adorador de Mammon, um adorador de seus sentidos; você tem se prostrado diante de seu dinheiro e seu ouro; você tem se inclinado lhes dando honra e dignidade; você tem feito um Deus de sua intemperança, um Deus de suas cobiças, um Deus de sua impureza, um Deus de seus prazeres!
E o terceiro mandamento.

NÃO TOMARÁS O NOME DO SENHOR TEU DEUS EM VÃO.
Você ousaria sustentar que não o tem violado? Você jamais proferiu juramentos grosseiros, ou palavras blasfemas; não empregou ao menos irreverentemente o nome de Deus, em suas conversas comuns? Diga-me: você tem sempre santificado este nome, três vezes santo? Você nunca o pronunciou sem necessidade? Você nunca leu o livro de Deus distraidamente e com pressa? Você nunca escutou a pregação do Evangelho, sem respeito e recolhimento? Oh! Certamente, aqui também, você tem que se confessar culpado.
E quanto ao quarto mandamento, que trata da observação do sábado.

LEMBRA-TE DO DIA DE DESCANSO PARA O SANTIFICAR.
Há alguém bastante atrevido para dizer que nunca o transgrediu? Oh! Homem, ponha então sua mão na boca e reconheça que estes quatro mandamentos bastariam para lhe convencer do pecado e para despejar sobre você a justa cólera de Deus !
Mas continuemos nosso exame.

HONRA A TEU PAI E A TUA MÃE.
O quê! Você pretende não ser culpado neste ponto? Em sua juventude, você nunca os desobedeceu? Você nunca se rebelou contra o amor de sua mãe, nem desprezou a autoridade de seu pai? Folheie as páginas de seu passado. Veja se em sua infância, ou mesmo em sua idade madura, você sempre falou com seus pais como deveria fazer; veja se você sempre os tratou com a honra que eles têm direito e que Deus lhe ordenou lhes dar.

NÃO MATARÁS.
É possível, meu caro ouvinte, que você não tenha violado a letra deste mandamento; é possível que você não tenha tirado a vida a um de seus semelhantes; mas você nunca se deixou dominar pela cólera? Ora, a Palavra de Deus declara expressamente que aquele que se encoleriza contra seu irmão, é um assassino (I Jo 3:15). Julgue, depois disso, se você é ou não culpado.


NÃO COMETERÁS ADULTÉRIO.
Talvez você tenha cometido coisas abomináveis, e esteja mergulhado hoje mesmo, nas mais vergonhosas luxúrias; mas, admitindo que você tenha sempre vivido na castidade mais perfeita, você pode dizer, ó meu irmão, que você não tem nada a lhe reprovar neste mandamento, quando você se coloca na presença destas solenes palavras do Mestre: qualquer que olhe uma mulher para a cobiçar, já cometeu adultério com ela em seu coração (Mt 5:28). Nenhum pensamento lascivo atravessou seu espírito? Nenhum desejo impuro manchou sua imaginação? Oh! Certamente, se sua fronte não é dura como o bronze, se sua consciência não estiver inteiramente cauterizada, sua resposta a estas questões não deixaria dúvidas.

NÃO FURTARÁS.
Você jamais roubou alguém? Talvez, nesta manhã mesma, você tenha cometido um furto, e se encontra aqui, em meio ao povo, ainda com o produto do seu latrocínio; mas ainda que você seja de uma probidade exemplar, entretanto, não houve momentos em sua vida, em que você provou um secreto desejo de enganar seu próximo? Eu vou mais longe – você nunca cometeu, às escuras e em silêncio,
algumas daquelas fraudes, que mesmo não sendo contrárias às leis de seu país, não deixam de ser infrações manifestas da santa Lei de Deus?
E quem de nós seria tão audacioso em afirmar que tem obedecido perfeitamente ao nono mandamento?

NÃO DIRÁS FALSO TESTEMUNHO CONTRA TEU PRÓXIMO
Nunca demos ocasião à calúnia? Nós não temos, freqüentemente, interpretado mal as intenções de nossos semelhantes?
E o último mandamento.

NÃO COBIÇARÁS.
Onde está o homem que não tenha pisado este mandamento com os pés? Quantas vezes não temos desejado mais do que Deus nos tem dado? Quantas vezes nossos corações carnais não têm suspirado pelos bens que o Senhor em sua sabedoria julgou melhor nos recusar? Ah! meus amigos; sustentar nossa inocência diante da Lei de Deus, não seria isso, lhes pergunto, um ato de verdadeira loucura? E não lhes parece que a simples leitura desta Lei santa deveria bastar para extrair de nós, cheios de humilhação e penitência, esta frase: “Nós somos culpados, Senhor, somos culpados em todos os pontos?”
Mas ouço alguém me dizer: “Não, não quero me reconhecer culpado. Certamente, não teria a pretensão de perseverar em todas as coisas que estão escritas no livro da Lei, mas ao menos, fiz o que pude. Isto é falso, ó homem! Você se engana e mente diante da face de Deus! Não, você não fez tudo que é possível para perseverar no bem. Em milhares situações de sua vida, você deveria ter agido melhor do que agiu. O quê! Este homem ousaria afirmar que fez o possível para agradar a Deus, quando o vejo assentado no banco dos escarnecedores, e insultar seu Criador até em seu santuário? O quê! Todos que estamos aqui, não teríamos podido, se tivéssemos querido, resistir àquela tentação, evitar aquela queda cuja lembrança nos condena? Se nós não fôssemos livres para escapar do mal, sem dúvida seríamos desculpados ao cair; mas quem de nós não é forçado a reconhecer que houve em sua vida momentos solenes, nos quais chamado a escolher entre o bem e o mal, resolutamente escolheu o mal e virou as costas ao bem, andando assim, sabendo e querendo, no caminho que conduz ao inferno?”
“Ah! Exclama um outro, é verdade que infrinjo a Lei de Deus, mas não sou pior do que aqueles que me cercam”. Pobre argumento é este, meu caro ouvinte, ou melhor, de fato nem pode ser chamado assim. Você não é, assim creio, pior que o resto dos homens, mas lhe rogo, em que isto lhe é vantagem ? Será uma coisa menos terrível ser condenado em companhia, ainda que seja, de um único perdido? Quando, no último dia, Deus disser aos ímpios: Vão, malditos, para o fogo eterno! Você crê que esta terrível sentença lhe será mais doce, porque ela será dirigida aos milhares, tanto quanto a você?
Se o Senhor precipitasse uma nação inteira no inferno, cada indivíduo sentiria tão vivamente o peso desse castigo, como se fosse o único a carregá-lo. Deus não é como os juízes da terra: se os tribunais fossem entulhados de acusados, talvez fossem tentados a passar levemente por sobre mais de um processo; mas o Altíssimo não agirá assim. Infinito em todas as suas faculdades, o grande número de criminosos não será obstáculo para Deus. Ele se mostrará tão justo e inflexível com você, como se não existisse outro pecador como você. Além disso, que você tem, eu rogo, com os pecados de outrem? Você não é responsável, porque cada um levará seu próprio peso. Deus lhe julgará segundo suas obras e não segundo as dos outros. As faltas da mulher de vida má, podem ser mais grosseiras que as suas, mas não se lhe pedirá conta de suas iniqüidades. O crime do assassino pode revelar muito aos meus olhos sobre suas próprias transgressões, mas você não será condenado por ele. Fixe bem em seu espírito, ó homem, que a religião é um negócio entre Deus e você, por isso, lhe conjuro, olhe seu próprio coração e não o de seu próximo.
Mas ouço outro de meus ouvintes falando assim: “Quanto a mim, tenho me esforçado muito em guardar os mandamentos de Deus e, em certos períodos de minha vida, creio que tenho conseguido: isso não é suficiente para me pôr ao abrigo da maldição?” Para responder, meu irmão, permita-me outra vez ler a sentença contida em meu texto: “Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las.” Ah! Você não se convence que o Senhor jamais confunde as cores agitadas de uma irresolução mórbida com a santidade e obediência? Não será uma observação passageira e intermitente destes mandamentos que ele aceitará no dia do juízo; não, é preciso perseverar em fazer sua vontade. Se então, desde minha mais tenra infância, até a hora em que meus cabelos brancos descerem ao sepulcro, minha vida não for um incessante cumprimento da Lei de Deus, eu serei condenado! Se desde o instante em que minha inteligência recebe seus primeiros raios de luz, eu me torno um ser responsável, até o dia em que, como uma espiga madura, eu sou recolhido nos celeiros eternos, eu não observei em sua inteireza todas as ordenanças de meu Mestre, a salvação pelas obras é impossível para mim, e estarei infalivelmente perdido!
Então, não espere, ó homem, que uma obediência vacilante e sem conseqüência salvará sua alma. Você não perseverou em todas as coisas que estão escritas no livro da Lei. Por conseqüência, você está condenado.
Mas outro objeta – “se há vários pontos da Lei que transgredi, não quer dizer que eu seja menos virtuoso”. Eu concordo, meu irmão. Quero supor que de fato você tem sido um modelo de virtude; eu quero supor que você é puro de muitos vícios. Mas releia meu texto (e lembre-se que não é minha palavra, mas a palavra de Deus que você vai ler). “Maldito todo aquele que não perseverar em todas as coisas que estão escritas no livro da Lei.” Note que não está dito para perseverar em algumas coisas, mas em todas as coisas.
Ora, eu lhe pergunto, você tem praticado todas as virtudes? Você tem evitado todos os vícios? Você diz, talvez, para sua defesa: “Eu não sou um intemperante.” Que seja. Mas você não será menos condenado, se você tem sido um fornicário. “Eu jamais cometi impureza”, você grita. Que seja ainda. Mas se você tem profanado o sábado, você tem incorrido em maldição. Você me responde que também nisto você não pode ser reprovado? Eu replico que se você tem tomado o nome de Deus em vão, esta única transgressão basta para lhe condenar. Sobre um ponto ou outro, a Lei de Deus lhe atingirá indubitavelmente. Mas há mais – não somente afirmo (e estou certo que sua consciência confirma também) que você não tem perseverado em todas as coisas que estão escritas na Lei, mas ainda sustento que você não tem perseverado em guardar em sua inteireza um único dos mandamentos de Deus. O mandamento é de uma grande amplitude, disse o salmista (Sl 109:96), e nenhum homem sobre a terra conseguiu sondar sua profundidade. Não é apenas o ato exterior que nos deixa passíveis da condenação eterna, mas o pensamento, a imaginação, a concepção do pecado, bastam para fazer perder a alma. E lembrem-se, meus caros amigos, que esta doutrina, que pode, eu concordo, lhes parecer dura, não é minha – ela é de Deus.
Se vocês nunca tivessem transgredido a Lei divina, mas se seus corações têm concebido maus pensamentos ou nutrido maus desejos, vocês merecem o inferno. Se vocês tivessem vivido desde seu nascimento até hoje, em um lugar inacessível, longe de qualquer ser humano, e lhes tivesse sido impossível de fisicamente cometer seja um ato impuro, seja um assassinato, ou uma injustiça, as imaginações de seus corações depravados, só elas bastariam para lhes banir para sempre da presença de Deus. Não! Não há uma alma nesta grande assembléia que possa esperar escapar da condenação da Lei! Todos, desde o primeiro até o último, devemos nos curvar diante de Deus, e gritar em uma única voz – “Nós somos culpados, Senhor, nós somos culpados!” Quando eu te contemplo, ó Lei, minha carne treme, meu espírito fica perdido!
Quando ouço roncar seu trovão, meu coração se derrete como cera dentro de mim! Como posso suportar tua presença? Como poderei aplacar tua justiça? Certamente, se no último dia eu tivesse de comparecer a teu tribunal, não saberia escapar da condenação, porque minha consciência será minha acusadora!
Mas creio que é supérfluo insistir muito neste ponto. Oh! Você que está fora de Cristo e sem Deus no mundo, não se convenceu ainda que você está sob o golpe da cólera divina? Para trás de nós, loucas ilusões! Caí, máscaras da mentira! Lancemos ao vento nossas vãs desculpas e reconheçamos que ao menos que nós sejamos cobertos pelo sangue e da justiça de Cristo, a maldição contida em meu texto, fecha a cada um de nós, individualmente, a porta dos céus e não nos deixa nada mais a esperar além das chamas da perdição.





II
O acusado é, então, julgado e reconhecido culpado. Agora SUA SENTENÇA TERÁ DE SER PRONUNCIADA. Em geral, os ministros de Deus amam pouco esta tarefa.
De minha parte, lhes confesso, preferiria pregar vinte sermões sobre o amor de Cristo, do que um único como este.
De resto, me é raro escolher assunto como este, visto que não me parece necessário tratá-lo freqüentemente; entretanto, se nunca o tratasse, se deixasse sempre as ameaças divinas relegadas a segundo plano, sinto que meu Mestre não poderia abençoar a pregação de seu Evangelho, porque Ele quer que a Lei e a graça sejam anunciadas na mesma medida e que cada uma conserve o lugar que lhe é próprio. Ouçam então, meus irmãos, enquanto que, com dor na alma eu pronunciarei a sentença levantada contra todos aqueles dentre vocês que não pertencem a Cristo – Pecador não convertido! Você é maldito! Maldito neste momento mesmo! Você é maldito não por causa de um auto-denominado mágico qualquer, cujo pretenso sortilégio só pode despertar medo aos ignorantes; não por algum monarca terrestre que poderia no máximo fazer perecer seu corpo e devastar seus bens; mas maldito pelo seu Criador ! Maldito pelo Monarca dos céus! Maldito! Oh! Que palavra é esta! Que coisa terrível é a maldição de qualquer parte que ela venha! E a maldição de um pai, como ela deve ser a mais terrível entre todas! Temos visto pais que, levados ao desespero pela conduta de um filho rebelde e depravado, têm levantado suas mãos aos céus, pronunciando sobre o filho a mais terrível das maldições. A Deus não agrada que eu aprove esse ato! Reconheço, ao contrário, que é tanto temerário quanto insensato. Mas, qualquer que seja a reprovação com que se possa considerar o ato em si, não resta menos verdadeiro que a maldição de um pai imprime sobre aquele que a mereceu, uma vergonhosa, indelével destruição. Oh! Eu sofro só em pensar o que minha alma provaria se tivesse sido amaldiçoada por aquele que me gerou! Certamente, meu céu estaria coberto por trevas; o sol não brilharia mais em minha vida. Mas ser maldito de Deus!...
Oh! Pecadores, as palavras me faltam para lhes falar o que é esta maldição!...
Mas eu lhes ouço me responder: “Se é verdade que nós temos incorrido na maldição divina, ao menos não sentiremos seus efeitos durante esta vida; isso é algo que espera um futuro ainda bem distante, por isso pouco nos inquieta.” Você se engana, ó alma, você se engana! Desde agora a cólera de Deus permanece sobre você. Você não conhece ainda, é verdade, a plenitude da maldição, mas por isso agora mesmo você não é menos maldito. Você ainda não está no inferno; o Senhor não lhe cerrou definitivamente as entranhas de suas misericórdias e não lhe rejeitou ainda para sempre; mas você está debaixo do golpe da Lei. Abra o Livro de Deuteronômio. Leia as ameaças dirigidas ao pecador, e veja se a maldição de Deus não é ali colocada como algo imediato, atual, presente. (Deut. 28:15-16). Está escrito que você será maldito na cidade, isto é, no lugar de sua habitação, de seu trabalho, de seus negócios; você será maldito nos campos, isto é, nos lugares onde você vai procurar o descanso, repouso, o prazer; seu cesto será maldito e também sua amassadeira; o fruto de seu ventre será maldito e o fruto de sua terra; as crias de suas vacas e as ovelhas de seu rebanho; será em sua entrada e em sua saída! Há homens sobre os quais a maldição divina parece pesar de uma maneira visível. Tudo o que eles fazem é amaldiçoado. Se eles adquirem riquezas, a maldição se agarra a elas; se eles constroem casas, a maldição cai sobre suas casas. Veja o avarento: ele é amaldiçoado em seus tesouros, porque sua alma está tão corroída
pela ganância e cobiça, que ele não pode desfrutar de seus tesouros mesmos. Veja o intemperante: seu cesto e sua amassadeira são literalmente malditas, porque seu palácio, regado de bebidas embriagadoras, não pode mais usufruir de nenhum alimento. Ele é também maldito em sua entrada e saída, porque desde quando ele atravessa a soleira de sua própria casa, suas crianças correm para se esconder, tal o medo que ele lhes inspira. E será maldito um dia, no fruto do seu ventre, porque quando seus filhos avançarem na idade, eles seguirão certamente o exemplo de seu pai; eles se darão aos mesmos excessos de seu pai; eles jurarão como ele jurou; eles se aviltarão como ele se aviltou. Hoje, o infeliz procura talvez se convencer que pode, sem grande inconveniente, se embebedar e blasfemar quanto bom lhe pareça; mas que dor aguda atravessará sua consciência (se ainda lhe resta alguma consciência ...), quando vir seus filhos andarem sobre suas vergonhosas pegadas ! Sim, repito, a maldição divina acompanha de uma maneira visível certos vícios; mas ainda que ela não seja sempre igualmente aparente, na realidade ela não pesa menos sobre qualquer que seja a transgressão da Lei. Você, então, pecador, que vive sem Deus, sem Cristo, estranho à graça de Jesus, saiba, você é maldito – maldito quando se assenta, maldito quando se levanta ! Maldito é o leito onde você deita; maldito o pão que você come; maldito o ar que você respira! Para você tudo está amaldiçoado. O que quer que você faça, ou aonde você vá, você é maldito!...
Oh! Pensamento terrível! Neste momento mesmo, eu não posso duvidar; eu tenho diante de mim um grande número de criaturas imortais que são malditas de Deus! Infelizmente! Por que é preciso que um homem fale assim a seus irmãos? Mas ainda que este dever seja penoso, como ministro de Cristo, eu tenho de cumpri-lo, sem o que eu seria infiel em relação às suas almas que perecem. Ah! Queira Deus que haja nesta assembléia alguma pobre alma que, cheia de pavor, grite: “É verdade então? Eu sou maldito? Maldito de Deus e de seus santos anjos, maldito sobre a terra e no céu - maldito ! maldito ! Sempre maldito !” Oh ! Eu estou convencido que se não quisermos levar a sério esta única palavra –Maldito – não precisará muito para dar o golpe de morte à nossa indiferença e torpor espirituais!
Mas, tenho mais que isto a lhe dizer, meu querido ouvinte. Se você é impenitente e incrédulo, devo lhe advertir que a maldição que hoje está sobre você, não pode em nada ser comparada com aquela que cairá sobre você depois. Você sabe que em poucos anos nós devemos morrer. Sim, jovem, logo você e eu envelheceremos; ou talvez bem antes de alcançarmos a velhice, nos estenderemos sobre nosso leito, para nunca mais nos levantarmos. Nós acordaremos de nosso último sono, e ouviremos murmurar ao nosso redor que nossa última hora vai soar. O médico consultará uma última vez nosso pulso, depois dirá à nossa família amargurada que não há mais esperança! E nós estaremos lá, deitados, imóveis e sem força. E nada virá romper o silêncio lúgubre do quarto mortuário; apenas o barulho monótono do relógio ou o choro de nossa mulher e nossos filhos. E teremos que morrer!... Oh! Que hora solene será quando formos pegos pelo grande inimigo do gênero humano: a morte!
Já o gemido despedaça nosso peito; é muito se pudermos articular uma única palavra; nossos olhos se embaçam; a morte pôs seu dedo frio sobre o calor de nosso corpo e o atingiu para sempre; nossas mãos recusam levantar-se; estamos à beira
do sepulcro! Momento decisivo, momento solene entre todos os momentos da vida, é aquele onde a alma entrevê seu destino; onde, como através das fendas de sua prisão de barro, ela descobre o mundo por vir! Oh! Que língua humana poderia exprimir o que passará no coração do não convertido, quando ele estiver diante do tribunal de Deus, e ouvir o estrondo dos raios de sua cólera eterna em suas orelhas e sentir que entre o inferno e ele, não há mais que um intervalo de um momento!
Quem poderia descrever o terror inexprimível que tomará os pecadores, quando se encontrarem na presença das realidades, sobre a existência das quais não tinham querido crer? Ah! Desprezadores que me escutem! Hoje vocês podem rir à vontade das coisas de Deus. Vocês podem, saindo deste recinto, zombar do que acabaram de ouvir, tornar ridículo o pregador e folgar às suas custas. Mas esperem até quando estiverem sobre o seu leito de morte e vocês não rirão mais, eu lhes garanto! Agora que a cortina está cerrada, que o futuro está escondido de seus olhos, lhes é fácil zombar do que virá; mas quando o Senhor levantar a cortina, e os horizontes eternos se desenrolarem diante de seus olhos, vocês não terão mais coragem de rir. O rei Acabe, assentado em seu trono, rodeado de cortesãos, riu do profeta Miquéias; mas não consta que ele tenha rido do profeta, quando uma flecha inimiga, penetrando por uma emenda de sua couraça, o feriu mortalmente (I Re 22). Os contemporâneos de Noé riram do venerável ancião que lhes anunciava que o Eterno haveria de destruir o mundo por um dilúvio: sem nenhuma dúvida eles o tinham por um sonhador, visionário, um insensato. Mas em que lhes tornou o seu desdém e sarcasmos, ó céticos, quando Deus fez descer do céu imensas cataratas, quando as fontes do grande abismo foram abertas e o mundo foi inteiramente submerso? Então reconheceram, mas tarde demais, que Noé havia dito a verdade. E vocês mesmos, pecadores que se encontram neste auditório, quando vocês estiverem no ponto de serem lançados na eternidade, não creio que rirão ainda de mim e da palavra que lhes anuncio. Antes dirão a si mesmos: “Eu me lembro daquela época, quando um dia entrei por curiosidade naquele lugar de culto; eu ouvi um homem que falava de uma maneira forte e solene; naquele momento não gostei muito; entretanto não poderia negar o pensamento de que ele me dizia a verdade e que queria o meu bem. Oh! Como não escutei seus apelos! Como não aproveitei seus avisos! O que não daria para poder ouvi-lo de novo!”
Há pouco tempo um caso bem parecido veio ao meu conhecimento. Um homem que muitas vezes me havia coberto de zombarias e injúrias, tendo partido num domingo para uma viagem de passeio, voltou para sua casa apenas a tempo de morrer. Na manhã da segunda-feira, sentindo seu fim aproximar-se, o que você pensa que ele fez? Mandou chamar com pressa o servo de Deus que lhes fala neste momento, aquele mesmo que ele havia insultado tantas vezes! Ele queria que ele lhe indicasse o caminho para o céu, que lhe falasse do Salvador. Eu fui apressadamente e com alegria. Mas infelizmente! Como é triste a tarefa de falar a um profanador do sábado, a um contendor do Evangelho, a um homem que passou sua vida a serviço de Satanás e que chega na sua última hora ! E de fato, o infeliz morreu logo. Ele morreu sem a Bíblia em sua casa, sem oração pedindo a Deus por sua alma, a não ser aquela que eu pronunciava na cabeceira de seu leito... Oh! Meus caros amigos, creiam: é uma coisa terrível morrer sem Salvador! Certa vez, após ter assistido os últimos momentos de um pobre pecador que tocava a salvação de uma
forma pela qual eu teria pouca esperança, voltei para casa com a alma quebrada, o coração entristecido, pensando comigo mesmo : “Meu Deus! Que eu possa pregar as insondáveis riquezas de Cristo a cada hora, a cada instante do dia, a fim de que as almas possam olhar para Cristo antes de que lhes seja tarde demais!” Depois, eu pensei no pouco zelo, pouco amor, pouco fervor com o qual tantas vezes anunciei as misericórdias de meu Mestre, e chorei – sim, eu chorei amargamente, sentindo que não pressionei as almas como deveria fazer, ou seja, com insistência e lágrimas, para fugirem da cólera que há de vir.
A CÓLERA QUE HÁ DE VIR! A CÓLERA QUE HÁ DE VIR! Oh! meus queridos ouvintes, firmem bem em seus espíritos, eu lhes peço, que esta não é uma palavra vã. As coisas sobre as quais lhes falo não são nem sonho, nem fábulas de velhas.
São verdades, e vocês as conhecerão logo, cada um por sua própria conta. Sim, pecador, você que não tem perseverado em todas as coisas que estão escritas no livro da Lei, e que não procurou refúgio junto a Cristo, o dia se aproxima quando as coisas invisíveis se tornarão para você realidades vivas terríveis. E então, oh ! então, o que você fará ? Após a morte, segue o julgamento.
Um dia Jesus, do trono de sua Glória, virá julgar os vivos e os mortos.
Tente imaginar aquele grande e glorioso dia do Senhor. O relógio do tempo soou sua última hora. As almas dos reprovados vão ouvir sua sentença definitiva. Seu corpo, ó pecador, é lançado fora do sepulcro; você desenrola a mortalha e olha ... Mas que barulho terrível é esse? Um barulho formidável que abala as colunas da terra e faz cambalear até o céu? É a trombeta do arcanjo, a trombeta do arcanjo que ressoa até às extremidades da terra, chamando todos os homens para o julgamento! Você ouve e treme. De repente uma voz se faz ouvir, voz que é saudada por uns com gritos de desespero, por outros com cantos de alegria. “Eis que ele virá, ele virá, e todo o olho o verá!” E o trono, branco como alabastro, aparece sobre uma nuvem do céu; e sobre o trono, assentado alguém envolto em majestade. É Ele! É o Homem que morreu no Calvário! Eu vejo suas mãos perfuradas, mas que mudança em sua aparência! Nada de coroa de espinhos. Ele compareceu ao tribunal de Pilatos. Agora o mundo inteiro comparece ao seu. Mas ouçam! A trombeta soou de novo. O Juiz abre o Livro. Faz-se silêncio em todo o céu!
A terra está totalmente em silêncio. “Reúnam meus eleitos dos quatro ventos, meus resgatados das extremidades do mundo.” Também os anjos obedecem. Como um relâmpago, suas asas separam a multidão. Aqui, estão os justos, reunidos à direita de seu Mestre; e você, pecador, você é deixado à esquerda. Você é deixado para suportar o ardor devorador da cólera eterna. As harpas celestes fazem ouvir doces melodias, mas elas não são doces para você. Os anjos repetem em coro: “Venham, vocês, benditos do Pai, e possuam por herança o reino que lhes foi preparado desde a criação do mundo”; mas esta inefável saudação não lhe diz respeito. E agora, sobre a face do Senhor se acumulam nuvens de indignação; relâmpago cobre seu rosto; raios jorram de seus olhos. Ele olha para você que o desprezou; você que brincou com sua graça, que riu de sua misericórdia, que profanou o dia de seu repouso, que zombou de sua cruz,
que não quis que ele reinasse sobre sua alma! Ele olha para você, e com uma voz mais tremenda que dez mil trovões, ele grita: “Aparte-se de mim, maldito!” E depois ... Não! ... Eu não quero lhe seguir mais longe! Não quero falar nem do verme que nunca morre, nem do fogo que jamais se extingue; não quero descrever nem os sofrimentos do corpo, nem as torturas da alma. Que me baste lhes dizer, pecadores não convertidos, que o inferno é terrível, que a sorte dos reprovados é pavorosa... Oh! Então fujam, fujam da cólera por vir! Fujam dela sem demora; fujam dela já, pelo medo que sendo surpreendidos pela morte, vocês não se vejam transportados, de um golpe, para o meio dos horrores indizíveis da perdição eterna! Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no livro da Lei, para praticá-las.
III
Mas, Deus seja louvado, nós temos agora uma tarefa mais doce a cumprir. Nós viemos, no nome de nosso Mestre, ANUNCIAR A LIBERTAÇÃO a todo pecador que se arrepende.
Você me diz: “Pregador do Evangelho, você nos condenou a todos”. Isto é verdade, meus queridos ouvintes. Entretanto, não sou eu, mas Deus é quem condena. Eu posso dizer diante dos céus: eu lhes amo a todos, individualmente, como um irmão ama seus irmãos. Se lhes falo com severidade, é unicamente para o seu bem. Meu coração, minha alma, estão cheios de compaixão por vocês; e em minhas palavras, aquelas aparentemente mais duras, há na realidade mais amor que nos discursos agradáveis daqueles que lhes dizem Paz, Paz! Quando não há paz. Oh! Não creiam que tenho prazer em pregar como fiz hoje. Não, Deus me é testemunha! Eu prefiro mil vezes lhes alimentar de Jesus, de sua doce e gloriosa pessoa, de sua graça e de sua justiça perfeita; também, tenho em meu coração, antes de terminar, de lhes fazer ouvir palavras de paz. Então se aproxime meu irmão; dê-me sua mão e escute a mensagem da graça que lhe trago. Você se sente culpado, condenado, maldito? Você diz neste mesmo instante: “Oh, Deus! Eu reconheço que o senhor será justo em fazer cair sobre mim todo o peso de sua maldição?” Você compreende que longe de poder ser salvo por causa de suas obras, você está inteiramente perdido por causa de seus pecados? E você tem um ódio profundo pelo mal? Você se arrepende sinceramente? Se é assim, cara alma, deixe-me lhe dizer onde você encontrará a libertação. Homens irmãos! Saibam todos isto. Jesus Cristo, descendente de Davi, foi crucificado, morto e enterrado. Agora, ele está ressuscitado, e assentado à direita de Deus de onde intercede por nós. Ele veio ao mundo para salvar os pecadores pela sua morte. Vendo que os pobres filhos de Adão estavam sujeitos à maldição, ele mesmo se encarregou dessa maldição e assim lhes libertou. Se, então, Deus amaldiçoou Cristo no lugar deste ou daquele homem, é impossível que ele amaldiçoe esse homem de novo. “Mas Cristo foi amaldiçoado por mim?” – alguém me pergunta. A isto lhe respondo: Deus o Santo Espírito lhe fez ver seu pecado ? Ele lhe tem feito sentir toda a amargura? Ele lhe ensinou a dar este grito de humilhação: Oh, Deus! Tem misericórdia de mim que sou pecador? Se, na sinceridade de seu coração, você pode responder afirmativamente a estas questões, tenha bom ânimo, meu muito amado; Cristo foi feito maldição em seu lugar; e se Cristo foi feito maldito em seu lugar, você não está mais sujeito à maldição. “Mas eu queria ter certeza - talvez você insista; gostaria de não poder duvidar que Jesus foi realmente feito maldição por mim.” E por que você duvidaria, meu irmão? Você não vê Jesus expirando sobre a cruz? Não vê suas mãos e seus pés ensangüentados? Olhe para Ele, pobre pecador. Não olhe mais para si nem para suas iniqüidades; olhe para Ele e seja salvo. Tudo o que ele exige de você, é que você olhe para Ele e por isso mesmo Ele lhe dará a sua segurança. Venha a Ele, confie e creia. Oh! Eu lhe suplico, aceite com simplicidade e fé esta declaração da Escritura: é uma coisa certa e digna de ser recebida com inteira confiança, que Jesus Cristo veio ao mundo para salvar o pecador.
O quê? Alguém ainda objeta. “Devo crer então, que Jesus morreu por mim, simplesmente porque eu me sinto pecador?” Justamente, meu irmão. “Mas no entanto, me parece que, se eu possuísse alguma justiça, se pudesse fazer belas orações ou boas obras, seria mais direito concluir que Cristo morreu por mim.” Você se engana, meu irmão, você se engana. A fé que então você teria, não seria mais a fé; isso seria justiça própria e nada mais. Uma alma crê em Jesus, quando o pecado lhe parecendo em todo seu negror, ela se lança simplesmente nos seus braços, e se dá a Ele para a purificar de todas as suas manchas. Então vá, pobre pecador, como você está, com sua indignidade e miséria; tome em suas mãos as promessas de Deus, e, ao entrar em sua casa, procure a solidão de seu quarto. Lá, ajoelhe-se junto ao seu leito, derrame sua alma diante de Deus. Diga a este Deus que é rico em compaixão e abundante em misericórdia: “Oh, Senhor! Eu sei que tudo o que acabo de ouvir é verdade. Sim, eu sou maldito e maldito justamente! Eu sou um pecador que merece a condenação eterna. E tu sabes, ó Senhor, estas confissões tomam agora em minha boca um sentido completamente diferente. Ao reconhecer que sou pecador, quero dizer que sou um verdadeiro pecador. Eu quero dizer que se tu me condenares, eu não teria nada a dizer, que se tu me separar para sempre de tua presença, eu teria apenas o que me é devido. Oh, meu Deus ! Teu sustento para comigo me maravilha e me confunde. Como tu pudeste sofrer por um ser tão vil como eu, que enlameou tanto tempo a terra ? Senhor, eu zombei de tua graça e desdenhei teu Evangelho. Eu desprezei as instruções de minha mãe e esqueci das orações de meu pai. Senhor, eu vivi longe de ti, violei teus sábados, profanei teu santo nome. Eu fiz tudo que é mal, tudo o que é desagradável aos teus olhos; e se tu me precipitasses no inferno, eu seria reduzido ao silêncio. Sim, meu Deus, eu sou um pecador. Um pecador perdido sem socorro, a menos que tu me salves; um pecador sem nenhuma esperança de salvação, a menos que tu me libertes ! Mas, graças te dou, ó Senhor, tu sabes que também eu sou um pecador arrependido, acusado em sua consciência, afligido por causa de suas transgressões. E assim, venho nesta noite te lembrar o que tu disseste em tua Palavra: Eu não lançarei fora, aquele que vier a mim; e mais : é uma coisa certa e digna de ser recebida com inteira confiança, que Jesus Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores. Senhor, eu venho a ti! Senhor, eu sou um pecador! Jesus veio então para me salvar; Senhor, eu creio! Eu me confio ao meu Senhor para a vida e para a morte! Eu não tenho esperança, a não ser nele e odeio até o pensamento que diz que eu
possa encontrar salvação além de tua graça. Salve-me então, Senhor; e ainda que eu bem saiba que pela minha conduta futura, eu não poderia jamais conseguir apagar um único de meus pecados passados, quero entretanto te suplicar, ó meu Deus, que me dês um coração novo e um espírito reto, a fim de que a partir de hoje e para sempre, eu possa correr no caminho dos teus mandamentos; porque não tenho desejo maior, que ser santo como tu és santo e de andar diante de ti como teu filho. Tu sabes, ó Senhor, para ser amado por ti, eu renunciarei voluntariamente a tudo o que possuo, e ouso esperar que tu me ames, porque meu coração começa a sentir os abraços do teu amor. Eu sou culpado, mas nunca teria conhecido minha culpa se tu não a tivesses feito conhecê-la. Eu sou vil, mas jamais saberia que sou vil, se tu não me tivesses revelado. Oh! Certamente, meu Deus, tu não me destruirás, após ter começado em mim tua boa obra.
Diante de ti, eu me envergonho e permaneço confuso!
Mas, Senhor, tua bondade tira minha miséria;
Tu não tens, entre ela e tua cólera,
Posto o amor, a cruz e o sangue de Jesus?
Sim, ore assim, meu mui amado; ou, se você não puder orar tão longamente, diga estas simples palavras do fundo do coração: “Senhor Jesus, eu não sou nada! Sejas tu mesmo o meu tudo!”
Oh! Deus permita que haja nesta assembléia algumas almas que, neste mesmo instante, façam subir este grito em direção ao seu trono! E se assim for, saltem de alegria, ó céus! Cantem, ó serafins! Rejubilem-se, ó resgatados! Porque está aqui a obra do Eterno. Que toda a glória seja dada a seu nome! Amém.



10 Mandamentos

  1. Não terás outros deuses diante de mim.
  2. Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.  Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem  e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.
  3. Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão, porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.
  4. Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou.
  5. Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá.
  6. Não matarás.
  7. Não adulterarás.
  8. Não furtarás.
  9. Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
  10. Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao teu próximo.

O Guardado de lagimas

“Contaste os meus passos quando sofri perseguições; recolheste as minhas lágrimas no teu odre: não estão elas inscritas no teu livro?” Sl 56.8

Introdução
Numa enquete sobre o choro, feita pela revista Superinteressante, quase 3 mil leitores responderam a pergunta: "Você acha que o choro é um sinal de fraqueza?" 84% responderam "Não" e 16% responderam "Sim".

De fato, todos nós choramos e na maioria das vezes não é por fraqueza: ...aliás, a primeira coisa que fazemos no mundo, você sabe qual é? ...justamente chorar (se o recém-nascido não chorar, o obstetra dá uns tapinhas (os primeiros da vida) para o bebê chorar!

E uma pessoa chora por vários motivos: Há o choro de alegria... o choro de sofrimento... o choro causado por uma calúnia...

Chorar é um verbo que todo ser humano sabe conjugar. É a primeira coisa que fazemos neste mundo; e ao morrer, deixamos chorando os nossos queridos. Então, é assim: Do berço à sepultura, da maternidade ao cemitério, as lágrimas são a nossa companhia".

Mas as lágrimas se secam com um lenço, com o passar da mão ou com o próprio ar (ninguém guarda lágrima... ninguém carrega um vidrinho e vai guardando as suas lágrimas: “Veja aqui neste vidrinho as lágrimas de 2002”).

Mas neste texto da Bíblia, o salmista Davi diz que Deus guarda as nossa lágrimas: “recolheste as minhas lágrimas no teu odre”.

Esse “odre” eram recipientes feitos de couro para guardar líquidos. Não havia vidro (então guardava-se água, vinho e leite dentro desses vasilhames de couro).

Davi havia passado por um momento muito difícil na vida e vem contando isto no Salmo 56. ...mas quando Davi chorou, as lágrimas que deveriam ser secadas com a sua mão, elas foram guardadas por Deus!

É uma figura poética: “recolheste as minhas lágrimas no teu odre”.

Amado: as lágrimas da pessoa fiel a Deus (obediente), são guardadas num frasco. Davi descobriu isso na sua experiência – o seu sofrimento e o seu choro não passaram despercebidos por Deus.

Vamos ver o que ele passou e a idéia que está por trás desta expressão: “recolhestes as minhas lágrimas no teu odre: não estão elas inscritas no teu livro?” ...vamos ver o que isto diz respeito as nossas vidas.

Podemos dizer que o primeiro significado desta expressão para as nossas vidas é que:
DEUS VÊ AS NOSSAS LÁGRIMAS

Repita isto: “Deus vê as nossas lágrimas”. Agora, diga assim: “Deus vê as minhas lágrimas”.

Porque a declaração de Davi é esta: “recolheste as minhas lágrimas”?

A declaração é muito simples: Deus está atento ao que se passa conosco, Ele nos vê! Amém?

O Deus vivo e verdadeiro nos observa o tempo todo, ao passo que os ídolos, os deuses criados pela invenção humana, não podem ver.

Veja o Sl 115:4-8, onde o salmista diz assim: “Os deuses das outras nações são de prata e de ouro, são feitos por seres humanos. Eles têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não vêem. Têm ouvidos, mas não ouvem; têm nariz, mas não cheiram. Têm mãos, mas não podem pegar; têm pés, mas não andam; e da garganta deles não sai nenhum som”.

O salmista fica admirado das pessoas confiarem em ídolos e depois diz assim: “Que fiquem iguais a esses ídolos aqueles que os fazem e os que confiam neles!”

Esses ídolos não podem ver, não podem ouvir, não podem falar, não podem fazer nada; são ídolos, são mortos, são inúteis... mas Davi diz que o seu Deus contou as suas lágrimas! Aleluia!

Com Deus é diferente!

Em Gn 16.7-14 encontramos a história de alguém passando por um momento de crise, é Agar: Aqui está uma mulher esperando a morte junto com o seu filho e o texto diz assim: “Mas o Anjo do Senhor a encontrou no deserto, perto de uma fonte que fica no caminho de Sur, e perguntou: - Agar, escrava de Sarai, de onde você vem e para onde está indo? Estou fugindo da minha dona – respondeu ela. Então o Anjo do Senhor deu a seguinte ordem: Volte para a sua dona e seja obediente a ela em tudo. E o Anjo do Senhor disse também: Eu farei que o número dos seus descendentes seja grande; eles serão tantos, que ninguém poderá contá-los. Você está grávida, e terá um filho, e porá nele o nome de Ismael, pois o Senhor Deus ouviu o seu grito de aflição. Esse filho será como um jumento selvagem; ele lutará contra todos e todos lutarão contra ele. E ele viverá longe de todos os seus parentes. [Agora, diante disso, ela, com o filho no ventre para morrer diz essa exclamação]: Então Agar deu ao Senhor este nome: “O Deus que Vê”. Isso porque ele havia falado com ela, e ela havia perguntado a si mesma: Será verdade que eu vi Aquele Que Me Vê? É por isso que esse poço, que fica entre Cades e Berede, é chamado de Poço Daquele Que Me Vê”.

O Deus que me vê. Esta é a diferença revelada na Bíblia, é o Deus que vê, é o Deus sensível que nunca está distante.

Amado: Pode ser que em algum momento, você entrou numa dificuldade muito grande e hoje esteja fazendo esta pergunta: será que Deus se esqueceu de mim? Será que Deus virou as costas para mim num momento difícil? Será que Deus me vê?

Eu li a história de um homem que perdeu o seu filho num acidente e então, profundamente magoado, foi procurar o pastor da Igreja e disse: “eu só tenho uma pergunta para fazer, quando meu filho morreu, onde é que Deus estava? Quando meu filho morreu o que Deus estava fazendo?” Respeitando a dor do homem o pastor não disse nada, mas no dia seguinte foi procurá-lo e falou: “Eu vim responder a sua pergunta, quando o seu filho morreu Deus estava no mesmo lugar, fazendo a mesma coisa que estava, quando o filho dele morreu: chorando”.

Depois daquele atentado de 11 de Setembro, muitos norte-americanos também perguntaram: “Que Deus estava fazendo?” ...é a pergunta que todos fazemos ao passar pelo sofrimento.

Mas o sofrimento não é algo que Deus ignora, porque o Deus da Bíblia é também o Deus que sofreu, que sabe o que é sofrer, o que é sentir dor (e não é por teoria, mas por experiência)!

Ora, em Jesus, Deus assumiu a forma humana, e nessa condição: Vivenciou o medo, irritou-se, afligiu-se, experimentou a angústia, chorou por sua própria vida, passou por ansiedade...

Você pergunta: “Será que Deus não vê a tempestade em que eu estou?” Sim, Ele vê. O salmista diz que Ele vê e conta as lágrimas, porque Ele sabe o que é sofrimento e Ele guarda.

Em Mateus 6.32, [quando fala da ansiedade, da preocupação angustiosa pelo que comer, vestir, revelando falta de fé], nós encontramos uma declaração que cada um de nós deveria guardar e carregar consigo mesmo a cada momento – é a declaração de Yeshua Hamaschia, do Senhor Jesus Cristo Filho de Deus: “...O Pai de vocês, que está no céu, sabe que vocês precisam de tudo isso”.

Quero chamar a sua atenção para a palavrinha “sabe” que está nesse verso.

No original, esta não é aquela palavra usada para falar do conhecimento que se adquire por estudo, por formação, porque alguém dizer ou ensinar algo.

Quando Jesus disse “O Pai de vocês, que está no céu, sabe...”, Ele estava se referindo a um conhecimento profundo, estabelecido, que nunca pode ser mudado, que a pessoa tem, que está nela e que nunca vai esquecer. Deus sabe, o Pai sabe, disse Jesus.
Por isso que Davi declarou: “tu guardaste as minhas lágrimas”.

Deus vê o nosso sofrimento. Se você está passando por aflição ou por alguma necessidade não deve pensar: Deus me esqueceu, ou Deus não está vendo, ou Deus não se importa comigo...

Porque a verdade é que Deus nos vê, se importa conosco. Ele sabe da nossa dor, ele registra!

No Sl 56.8 Davi lembrou: “não estão elas inscritas no teu livro?”. Sim, Deus vê, Deus guarda e anota!

O segundo significado desta expressão para as nossas vidas é este:
Deus não apenas vê as nossas lágrimas, ELE RECOLHE AS NOSSAS LÁGRIMAS [quem pode dizer “amém”?]

Põe num odre, num frasco – põe para recordar: elas estão ali (cada vez que Ele olha vê aquilo ali).

É significativo o que Davi está dizendo: As lágrimas da pessoa obediente a Deus têm valor. Não estão no teu livro? Não estão inscritas no teu livro?

Alguns de nós fazemos uma agenda dos nossos grandes eventos. Marcamos alguma coisa que nos aconteceu.

Conheci um pastor de uns 60 anos de idade, que conservava o registro da primeira despesa que ele e a esposa fizeram para a sua casa.

Se revirarem uma busca nas minhas coisas, é possível que encontrem lá o registro da compra do nosso primeiro fogão... não sei porque, mas ainda guardo a nota fiscal daquele fogão Dako, 4 bocas!

A Tânia tem registrado num álbum de fotos, além das fotos, a primeira mexa de cabelo que nosso filho precisou cortar, o primeiro dente...

Com certeza, você também deve ter o seu registro de coisas: o registro do nascimento de um filho, de uma formatura, de alguma coisa de valor e da qual não quer se esquecer.

Davi está dizendo: “As minhas lágrimas estão inscritas no teu livro. Tu anotaste”.

Deus não ignora. No salmo 139:16 o salmista faz esta observação: “Tu me viste antes de eu ter nascido. Os dias que me deste para viver foram todos escritos no teu livro quando ainda nenhum deles existia” – ou seja, “quando eu ainda estava no ventre da minha mãe, quando era um embrião, um feto, os olhos do Senhor já me viam”.

A vida não é sem sentido, sem nexo, ela tem um sentido. É por isso que entendemos o que Paulo diz mais tarde: “sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus”. Quando ele está no controle não há absurdos.

De vez em quando ouvimos alguém dizer: “Deus escreve certo por linhas tortas”. Para Deus não há linhas tortas, as linhas são sempre retas, mesmo que em um determinado momento alguma coisa não possa ser explicada, Ele viu, Ele sabe, Ele não perdeu o controle.

Por vezes o que estraga tudo não é o problema, mas a nossa reação diante do problema. Não é a crise em si (porque elas vêm sobre todos), mas é a maneira como nos posicionamos diante da crise.

Esquecemos que Deus vê, que Ele anota, que Ele participa, e quando nos esquecemos que Deus está presente nestes momentos e que vê, que conduz, que participa deles, é que muitas vezes nos desestruturamos.

Mas saiba disto: Deus não apenas vê as nossas lágrimas, ELE RECOLHE AS NOSSAS LÁGRIMAS. Ele guarda, ele não ignora. Amém?

Por fim, podemos dizer: Deus vê, Ele guarda e ELE ENXUGA AS NOSSAS LÁGRIMAS.
Diga depois de mim: Deus vê, Deus guarda e enxuga as nossas lágrimas!

Porque se Deus só visse e dissesse: “Olha! ele está chorando!” ...isso não adiantaria muito – mas Deus enxuga as nossas lágrimas. Oh! Glória!

Lá no livro do Apocalipse 21:4 encontramos esta expressão “Ele enxugará dos olhos deles todas as lágrimas”.

Alguém poderá dizer assim: “Espere um pouco! Pulamos do livro de Salmos (onde Davi está contando um problema) para o livro de Apocalipse (onde se diz que Deus enxugará todas as lágrimas), mas isso só no céu?”

“...Eu vou ficar chorando aqui este tempo todo? ...Só no céu é que minhas lágrimas serão enxugadas? ...Será que tudo que Deus tem para me oferecer é uma esperança do lado de lá? ...eu gostaria de encontrar um pouco de alívio agora!”

Deixe eu lhe contar algo:
Houve um homem que chorou muito no Antigo Testamento, ele era um adolescente e os irmãos não gostavam dele, pensaram primeiro em matá-lo, depois acharam que não valia nem a pena matar e o venderam como escravo.

Estou me referindo a José, José do Egito. – Ele tinha alguns valores morais e resolveu se guiar por eles. ...e quando rejeitou o assédio sexual de uma mulher, isso já havia naquele tempo, ele foi parar na cadeia e lá fez amizade com algumas pessoas. Pediu que elas se lembrassem dele e um sujeito que ele ajudou se esqueceu dele e o tempo passou.

A história de José parece um dramalhão mexicano do tipo destas novelas do SBT (me disseram que nestas novelas a coisa vai ficando cada vez pior, cada vez mais lágrima, cada vez um choro mais pesado, mais convulsivo), mas ao longo do sofrimento de José, nós encontramos uma expressão: “e o Senhor era com José, e o Senhor estava com José”.

Quando a Bíblia conta a história de José, ela diz isto, mas não parece que Deus estava com José, porque a coisa estava ruim... Entretanto, o Senhor estava com José e este homem acabou saindo da prisão (da masmorra) para ocupar o segundo posto em autoridade do país: ele saiu para o exercício do vice-reinado!

E nesta posição, agora José não era mais como um adolescente rejeitado, ele haveria de socorrer os próprios irmãos e o pai, não mais como alguém na masmorra, mas como alguém investido com toda a autoridade de mando!

Que aconteceu? ...José teve as suas lágrimas enxugadas.

Em Gn 41.51-52 fala-se do nascimento do primeiro filho de José, lemos isto: “Pôs no primeiro o nome de Manasses e explicou assim: “Deus me fez esquecer de todos os meus sofrimentos e de toda a família do meu pai”. No segundo filho pôs o nome de Efraim e disse: “Deus me deu filhos no país onde tenho sofrido”.

Dois filhos com duas mensagens: “Deus me fez esquecer” e “Deus me fez próspero”.

Seria muito fácil para José prosperar na terra do pai porque ele era rico, o avô de José já havia sido rico e presume-se que filho de rico e neto de rico, prosperem (a não ser que seja de uma incompetência muito grande)! ...Mas agora: estar como escravo, parar numa prisão e sair de lá para ser o segundo homem do país? ...é preciso realmente muito da graça de Deus.

Por isso que se diz que “O Senhor era com José”. Deus realmente viu o que estava acontecendo com ele. O Senhor era com José.

E depois desta declaração, José fez uma outra: “Deus me fez esquecer”. As recompensas que Deus tem para dar àqueles que confiam nEle são muito maiores do que os sofrimentos que enfrentamos.

Amado: O caminho que Deus tem para avançarmos, progredirmos, é muito maior do que o que nos amarrou atrás. O que está sendo dito é isto: Deus tem muito mais para dar do que o mundo tem para nos afligir com dores.

“Deus me fez esquecer, Deus me fez prosperar”. Quantas lágrimas José derramou?

Podemos imaginar um adolescente com saudade do pai, porque quando José encontra os irmãos, anos depois, os irmão não o reconhecem! José pergunta: “O pai está vivo”? ...é a saudade que sentia! ...Mas Deus viu, Deus guardou e Deus enxugou as lágrimas de José!

Uma das lições mais ricas que podemos aprender na Bíblia é que Deus não é uma energia cósmica, um olho dentro de um triângulo, não é uma pirâmide, não é pedra de cristal... mas é um Deus pessoal que ama as pessoas, que entra nas suas vidas, que deseja participar delas – que quer enxugar as suas lágrimas, poder transformar, modificar as suas vidas!

Amado: Por Deus, a sua vida pode ser mudada e mudada para sempre! Amém?

Agora, em Mateus 2:18 se faz uma menção a Raquel: “Ouviu-se um som em Ramá, o som de um choro amargo. Era Raquel chorando pelos seus filhos; ela não quis ser consolada, pois todos estavam mortos”.

Raquel chorava um choro amargo e não quis ser consolada... Quantas pessoas sofrem da síndrome de Raquel, que dizem: “Me deixa. Eu quero chorar, eu quero ser triste, eu quero viver com problemas!”

Há pessoas que querem curtir a sua dor, curtir a solidão, o choro amargo...

Ah! Mas se você é daqueles que querem resolver realmente o problema da sua vida, que querem conforto, transformação, consolo, direção, uma mudança radical, novos horizontes, vocês podem ter isto em Jesus Cristo!

Em Jesus, Deus chorou com os homens. Em Jesus, Deus sofreu com os homens e em Jesus, Deus seca as nossas lágrimas porque muda a nossa vida.

Naquele Salmo 56, embora “recolheste as minhas lágrimas no teu odre, não estão elas inscritas no teu livro?” seja uma expressão bonita, a idéia mais forte do Salmo aparece em v.4,10 e 11: “Confio em Deus e o louvo pelo que ele tem prometido; confio nele e não terei medo de nada. O que podem me fazer simples seres humanos? (...) Eu louvo a promessa de Deus, o Senhor. Confio nele e não terei medo de nada. O que podem me fazer simples seres humanos?”

É como se Davi estivesse dizendo: “Me fizeram chorar, chorei muito, tive muitas lágrimas mas eu confio neste Deus, louvo este Deus, ponho a minha confiança nele, o que os mortais podem me fazer?” E repete: “neste Deus ponho a minha confiança e nada temerei, que me pode fazer o homem?”.

Aleluia! Hoje você também pode colocar a sua confiança em Deus e ser ajudado. Amém?

Ministração
Agora vamos terminar. Levante-se. Feche seus olhos e comece a ver sua vida diante de Deus......... (música “Lágrimas”).

(com a música de fundo):

Você tem lágrimas? Talvez suas lágrimas não sejam visíveis, não cheguem a escorrer pela face, mas lá dentro, no coração, há um choro seu.

Será que você tem a face sombria? tem vontade de chorar, sente que a vida está uma bagunça, desorganizada, precisando ser mudada?

O Salmo 27 diz assim: “O Senhor Deus é a minha luz; de quem terei medo? O Senhor me livra de todo perigo; não ficarei com medo de ninguém... Confie no Senhor”. E mais adiante diz, “Confie no Senhor. Tenha fé e coragem. Confie em Deus, o Senhor”.

Amado: Se você chora, o Guardador de Lágrimas quer secar as suas lágrimas. Deus vem notando, vem fazendo anotação de cada sofrimento seu, de cada crise e de cada sofrimento... Hoje Ele quer enxugar as suas lágrimas...

Mas saiba disso: você não vai encontrar alívio, não vai encontrar conforto e nem poder para mudar a sua vida, fora do Deus vivo e verdadeiro – os ídolos não podem nada, mas Deus pode, Ele vê, Ele seca, e Ele deseja participar da sua vida.

Nesta noite, eu quero pedir que você deixe o guardador de lágrimas secar as suas lágrimas, entrar na sua vida e transformá-la.

Então, venha para Deus... deixa agora o seu lugar e venha para uma oração aqui na frente.

Quero te convidar a confiar em Deus de todo o coração. Entenda que a vida pode mudar e que sem Deus a vida não vale a pena... Somente quando Deus entra, não é retórica, é o testemunho de milhões de cristãos através da história, é somente quando Deus entra em nós, que muda o nosso coração.

Hoje a sua vida pode mudar, suas lágrimas podem cessar e o grande companheiro, o amigo que caminha ao lado secando as lágrimas e dando força, Jesus Cristo, sim, hoje Ele pode entrar na sua vida e participar dela.