quinta-feira, 7 de julho de 2011

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Apocalipse 13:18: O texto é seguinte: Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis.

Calvino achou que o Apocalipse era demais para a cabeça dele. Por isso, nunca o comentou. Nem tanto pelas dificuldades, mas por não crer que fosse útil. O mesmo aconteceu com a epístola de Tiago. O Reformador não conseguia reconcilia-la com a teologia de Paulo. Era um tempo no qual o pensamento ainda era em preto e branco. Não havia ainda a benção da síntese!

Entretanto, todos devemos admitir que o Apocalipse é muito mais que complicado. Ele não segue um padrão que possa ser trabalhado com uma única ferramenta hermenêutica.

Nele há de tudo um pouco: alegorias, arquétipos, história camuflada, geografias especificas que ilustram sistemas inespecifos, conteúdos do Evangelho transmitidos em linguagem mítica, expressões cabalísticas, uma total não seqüêncialidade narrativa; e, sobretudo, uma construção de sobreposições onde a compreensão só melhora se os textos se sobrepuserem como num sanduíche de transparências nas quais cada detalhe só faz sentido se visto de cima para baixo, na apreciação do todo.

Há muito mais no texto em epígrafe que se pode imaginar. Ninguém jamais produziu um comentário do Apocalipse que lhe faça jus. Sábio foi Calvino, que não se meteu a entendido!

Eu não incorrerei no erro de outros. Quando for escrever minha visão do Apocalipse me aterei à sua mensagem, não às suas profecias!

A sabedoria é saber entender que seiscentos e sessenta e seis é numero de homem. A besta carrega o número do homem em sua natureza. A besta é o homem, mesmo que um dia um homem lhe dê cara!

A história humana foi sempre feita de bestas!

Mesmo na presente guerra entre Saddanás e Bushbul o que se vê é o número da besta. Ninguém representa o Cordeiro nessa batalha!

Nos anos que se seguirão veremos um definição cada vez maior de quais serão os contornos e as definições que as bestas nos mostrarão. O surgimento do aparecimento do Falso Profeta que abençoará a Besta também será discernível. Para ser falso e ter poder de impressionar até aos eleitos, é porque tem cara de cordeiro, mas fala como leão!

Que horrendo privilégio! Viver numa época na qual até Calvino levaria o Apocalipse mais a sério!

Enquanto isto, a recomendação do Senhor no Apocalipse é uma só: Não adorem e nem se impressionem com nenhum besta e com nenhuma Besta. Seu perigo sedutor vem de sua oferta de Paz e Segurança para os habitantes da Terra. E mais: Não se impressionem com a ressurreição de personagens dados como mortos, desse susto virá a adoração. E por último: Não se deixem seduzir pela imagem. Afinal, um dos ardis da Era da Besta é o culto à Imagem. Numa era de imagens, os bestas se impressionam e a Besta seduz almas humanas!

Para dizer isto não é preciso ser sábio. Basta ler o Apocalipse e não ser besta!

O número da Besta é número de homem. Não sei quem é a Besta, mas vejo muitas bestas exibindo seu número de arrogância e controle estampado em suas faces. Portanto, não seja um manipulado e não seja seiscentos e sessenta e seis!   

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